Por mais que nós lutemos contra o fato, praticamente todos os celulares um dia terão um encontro letal com a quina de algum piso, com as águas das cataratas de um banheiro e com outros males que assombram os pobres aparelhos. Mas, enquanto este dia fatídico não chega, é vital que todos nós tomemos cuidados simples, mas que podem prolongar — e muito — a vida do aparelho.
O calor
Como já abordamos em outro artigo sobre a vida com celulares, a exposição do aparelho ao calor em excesso tem consequências muitas vezes graves não só para ele, mas também para o dono. A primeira delas é o descarregamento acelerado da bateria. Já a segunda, e muito mais perigosa, é a explosão do dispositivo causada pelo excesso de calor no interior da bateria.
E se o simples aquecimento já pode causar tudo isso, imagine largá-lo sob o sol! Além do aumento de temperatura, teríamos também uma exposição direta do aparelho aos raios UV. Acredite, não é só nossa pele que sai prejudicada. As carcaças dos celulares podem — de acordo com o material de fabricação — sofrer reações que vão de ressecamento (tornando-as muito mais quebradiças em caso de pressão ou de impacto) até a perda de cor.
Já pensou seu celular todo manchado, com partes que parecem ter sido lixadas ou pintadas de forma indevida?
Águas e o ar
Outra ameaça ao seu aparelho telefônico é a umidade excessiva. Ela também penetra até o interior do seu aparelho — seja por meio dos alto-falantes ou das bordas — e nos piores casos pode se condensar, permanecendo em contato direto com os componentes. Além da óbvia oxidação que ocorrerá nas peças afetadas, há também o risco de curto circuito.
Este curto também possui sua série de consequências, indo desde o mau funcionamento do teclado e da tela até a inutilização da bateria, portanto fique de olho e nada de carregar seu celular para o banho (ainda mais aqueles longos e quentes de inverno, que enchem o ambiente de vapor).
A mesma ideia se aplica à maresia: a mesma corrosão que ocorre em carros ao longo do tempo se aplica de forma mais rápida ao celular. Se for para a praia, certifique-se de que seu aparelho estará longe da umidade.
A implacável sujeira
Você possui o hábito de comer (principalmente todos aqueles alimentos gordurosos e melados) e depois não lavar as mãos? Então corrija-o imediatamente, pois além de ser anti-higiênico ele certamente prejudicará seu aparelho, que verá em questão de semanas uma camada de sujeira se acumulando.
Se esta mesma camada permanecesse somente sobre a parte externa até não haveria tanto problema, mas acontece que muitas vezes a sujeira percorre seu caminho até conectores e circuitos internos, podendo causar curtos, mau contato e o mais irritante: teclas presas que ou não funcionam ou agem como se estivessem pressionadas o tempo todo, carregando sua tela de números que não são desejados.
Mas o pior caso é o líquido, que atinge praticamente todos os componentes internos e, ainda por cima (caso seu celular sobreviva a uma ligação direta entre todas as suas partes) tem o mesmo efeito de cola nas teclas, caso a bebida possua açúcar e outros elementos.
E como fazer para limpar?
Como nós já abordamos no artigo da operação de resgate para o seu aparelho, produtos abrasivos e companhia nunca são boas opções para a limpeza, mas em caso de sujeira pesada SEMPRE remova a sua bateria e experimente umedecer levemente um pano ou a ponta de um bastonete de algodão em álcool isopropílico.
Em geral, utilize apenas um pano no máximo levemente umedecido com água, de preferência de um tipo que não solte fiapos, passando outro seco em seguida. Para a limpeza de bordas e entradas (como é o caso de conectores e até mesmo de teclas em aparelhos como o V3 da Motorola), recorra a uma escova com cerdas macias para não criar riscos na superfície.
E aí, você cuida bem do seu celular? Já passou por alguma situação que praticamente o extinguiu da face da Terra? Não deixe de postar seus comentários, dicas e também suas experiências!
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