Embora 9 entre 10 brasileiros já possuam um aparelho celular, os smartphones — conhecidos pelas características mais poderosas e preços mais elevados — ainda não chegaram a 43% da população. Esse é um dos dados revelados por um estudo revelado esta semana pela empresa de pesquisas Kantar Worldpanel Comtech.
Segundo a pesquisa, há a tendência de que os dispositivos mais inteligentes ampliem sua participação no mercado nacional. Se em 2016 ela é de 57%, em 2015 ela chegava a somente 49% do público. “A posse (de smartphone) é maior nas classes mais altas”, afirma a gerente de contas Danielle Rossi. “Em contrapartida, vemos uma redução nos números de linhas fixas. Mesmo nas classes D e E perdemos dez pontos percentuais em linha fixa desde 2009”.
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O relatório mostra que 91% dos consumidores das classes D e E já possuem smartphones, que chegam a 94% de participação na classe C. Já nas camadas mais altas da população (A/B), a presença de dispositivos da categoria já chega a 95% do público consumidor.
A posse (de smartphone) é maior nas classes mais altas
Como consequência, também houve um aumento no uso da tecnologia de WiFi, que tem penetração de 62% no mercado nacional. Como consequência, o gasto médio do brasileiro com telefonia (ARPU) caiu entre os usuários de smartphones — de R$ 63,54 no segundo trimestre de 2014 para R$ 57,65 no mesmo período de 2016.
Em contrapartida, houve um aumento do ARPU entre aqueles que possuem os chamados “dumbphones”, que passou de R$ 45,83 para R$ 47,31. A Kantar também mostra que o 4G já tem penetração de 13,% no Brasil, enquanto o 3G já chega a 48,7% da população, sinal de que ainda há muito a progredir nesse campo.