Eles estão em nossos bolsos e são essenciais em quase todas as compras. Seja para um saque no caixa eletrônico ou para adquirir um produto no crédito, os chips dos cartões garantem segurança e rapidez em nosso dia a dia.
Esses pequenos objetos são tão comuns que, às vezes, nem pensamos sobre a tecnologia que existe no interior deles. Felizmente, o leitor Rafael Soto tinha uma dúvida sobre o funcionamento desses chips e nos mandou um email.
Motivados a trazer esta informação em primeira mão, resolvemos criar um infográfico sobre o assunto. Hoje, vamos falar sobre os principais componentes do chip do cartão de crédito e comentar, de forma resumida, como funciona uma transação.
Por dentro do chip
O chip do cartão de crédito não é apenas um item superficial. A verdade é que, abaixo dos contatos metálicos (dourados ou prateados), há uma série de componentes eletrônicos que possibilitam realizar as operações bancárias e transações durante uma compra.
A parte superior do chip serve basicamente para garantir o contato entre o processador e a memória interna do chip e o sistema da máquina (o terminal de pagamento). Cada seção deste chip tem uma função específica (tensão, frequência, reset), mas apenas uma delas serve para transmitir os dados. Todo o funcionamento desses dispositivos é baseado na ISO 7816.
(Fonte da imagem: Reprodução/NPR)
Abaixo do chip, há o substrato de silício, que conta com trilhas e componentes eletrônicos. Como estamos tratando de um cartão de crédito, é presumível que esse tipo de componente exija alta segurança, portanto esse modelo de cartão traz um processador e alguns módulos de memória (eles podem ser ROM, PROM, EPROM, EEPROM e RAM).
Geralmente, o módulo ROM (ou PROM) guarda as informações do cartão, e há pelo menos mais um módulo (geralmente do tipo RAM) para auxiliar durante as transações. A memória EEPROM também é comum, mas não são atribuídas informações vitais a este componente, visto que ele pode ser explorado por criminosos fraudulentos.
O sinal de frequência no chip geralmente é de 4,92 MHz, mas em alguns cartões ele é de 3,57 MHz. Esse clock é necessário como referência para o link de comunicação.
Como funciona uma transação
Ao inserir seu cartão em um terminal (o qual fará a ponte entre o cartão e a administradora), o cartão verifica o tipo de transação, o estabelecimento (ele deve estar registrado e autorizado), o tipo da conexão (que deve obedecer a uma série de protocolos de segurança) e o valor da compra. Uma vez conferido todos esses detalhes, o cartão pode transmitir as informações.
(Fonte da imagem: Reprodução/9ori)
O terminal também verifica uma série de informações antes de liberar a troca de dados com a administradora do cartão. É preciso verificar o tipo de cartão, a data de validade, o nome do comprador e outros detalhes básicos para que a transação possa ser inicializada. Uma vez conferidos esses dados, o terminal libera o teclado para que o consumidor digite a senha.
Após informar o código secreto correto, a transação é iniciada e a administradora vai conferir os dados do cartão. É preciso verificar tipo de conexão, o número do cartão, o local onde a compra está sendo realizada, instituição emissora e algumas outras informações. Por fim, basta checar o limite disponível e, finalmente, autorizar a compra. Esse processo leva poucos segundos.
Novos cartões vêm aí
Em um futuro não muito distante, os cartões com chip devem cair em desuso, dando espaço aos modelos sem contato do tipo RFID e NFC. Esses novos cartões são mais avançados, não exigindo uma fonte de energia e garantindo o pagamento à distância.
(Fonte da imagem: Reprodução/Soppelsa)
No cartão com tecnologia RFID (identificação por radiofrequência), os dados são armazenados em um chip que pode trocar informações com máquinas de acesso remoto a alguns centímetros de distância. Você nem precisa tirar o cartão de crédito da carteira.
Já o cartão com tecnologia NFC (comunicação de campo próximo) garante a troca de dados sem que seja necessário inserir ou passar o cartão na máquina. A diferença é que o NFC tem alcance menor, sendo preciso aproximar o chip do terminal de pagamento. Esta tecnologia é considerada mais segura.
Bom, esperamos que o infográfico tenha sido esclarecedor. Se você tem mais dúvidas sobre o funcionamento de outros dispositivos eletrônicos, mande suas sugestões para nós e, quem sabe, faremos um artigo sobre o assunto. Até a próxima!
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