As redes de cartões de crédito americanas Visa e Mastercard desenvolveram planos preliminares para posicionar consumidores em grupos, baseado no histórico de compras de cada um. Dessa forma seria possível para as empresas oferecerem propagandas baseadas no comportamento de compras de cada usuário.
De maneira mais prática, as empresas de cartões monitorariam seus hábitos de consumo e então venderiam tais informações para os anunciantes. Ou seja, se você possui o costume de comprar muitas roupas no cartão, logo começaria a notar um grande aumento no número de anúncios de moda quando estivesse online.
Contudo, Visa e Mastercard tem planos diferentes. A Visa planeja colocar os consumidores em grupos baseado em um grande número de segmentos, com dados do histórico de compras e localização, para então vender tais informações. Já a proposta da Mastercard visa colocar os usuários, de forma anônima, em seguimentos e então repassar as informações para os anunciantes.
Na disputa entre as duas, a Visa parece estar na frente, e deve ser a pioneira. A companhia têm patenteado diversas aplicações para um sistema de “gerador de perfis” nos últimos meses.
Mas e a nossa privacidade?
É irreal imaginarmos que as empresas de cartões de crédito (bem como companhias celulares e outros prestadores de serviço) não façam um monitoramento do perfil de cada cliente em sua base de dados. Contudo, a ideia de vender tais informações para terceiros pode levar sérias preocupações em relação à privacidade.
Mesmo que o sistema trate os dados de forma anônima, o fato de que cada perfil será ligado a um consumidor põe em risco tal alegação. Além disso, questões sobre a legalidade do serviço também podem ser levantadas.
Para os consumidores norte americanos, a Mastercard disponibilizou em seu site um link para que os clientes que não desejarem participar da análise de perfil possam requisitar a saída. Já os usuários dos cartões Visa não tiveram a mesma sorte.
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