Há quem acredite que motores elétricos são a próxima tendência no setor automotivo (saiba mais aqui). Também pudera, pois veículos que se locomovem sem fazer uso de combustíveis fósseis existem há mais de um século. Prova disso foi o leilão realizado na última sexta-feira (26) através do site Bonhams. É que nada menos que um carro elétrico fabricado em 1905 foi arrematado por cerca de R$ 383 mil.
Totalmente funcional e, segundo o Bonhams, “dirigido recentemente”, o modelo Woods Electric Queen Victoria Brougham é considerado um dos primeiros veículos a incorporar a então pioneira tecnologia. Com o peso de 1.180 Kg, o exemplar foi fabricado pela Woods Motor Vehicle Company, em Chicago (Illinois, EUA). Acredita-se que, dos 500 pequenos carros elétricos fabricados desde 1899 pela empresa, o automotor vendido na semana passada é o único sobrevivente.
O espaçamento entre os eixos fica em 1,82m e a velocidade de quase 50 km/h é tida como a capacidade máxima de desempenho da máquina – marca certamente admirável para um carro elétrico datado de 1905. Vale lembrar que, em 2010, o mesmo veículo foi vendido por R$ 310 mil, o que significou um ganho de mais de R$ 70 mil ao seu ex-proprietário.
Na virada do século XX...
Carros fabricados na virada do século XX conquistaram títulos pouco carinhosos. Eles eram barulhentos, tinham de ser ligados por meio de manivelas pesadas (que não raro quebravam o braço do condutor) e emitiam uma fumaça escura e fedida. Foi então que alternativas como o Woods Electric Queen Victoria Brougham começaram a ganhar espaço – em 1900 já eram 30 mil carros elétricos rodando mundo afora.
A supremacia do mercado da gasolina prevaleceu, é claro. Mas, na época, e antes da chegada dos carros híbridos em 1916, automóveis elétricos é que conquistavam simpatia principalmente de mulheres da classe média: limpos e silenciosos, os veículos movidos à bateria também não exigiam grande força física para serem operados (leia mais aqui, em inglês).
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