Após a denúncia da Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (EPA, na sigla em inglês) a respeito do software que burlava os testes de emissão de gases poluentes nos carros movidos a diesel da Volkswagen, as ações da empresa despencaram mais de 37%. Isso significa mais de 24 bilhões de euros (cerca de R$ 107 bilhões) em perda de ativos da companhia, apenas quatro dias depois da revelação do escândalo.
Antes se acreditava que cerca de 500 mil carros teriam o programa instalado, mas a montadora alemã admitiu que o total de veículos afetados gira em torno de 11 milhões de unidades, produzidas entre 2009 e 2015. Todas as revendedoras da fabricante ao redor do mundo receberam ordens para suspender imediatamente as vendas de qualquer modelo equipado com o motor TDI movido a diesel, incluindo versões 2015 e 2016 dos carros da Volkswagen e da Audi, que pertence ao mesmo grupo.
Martin Winterkorn, CEO da companhia, falou ao site Bloomberg no domingo que se sente profundamente arrependido pela perda de confiança de seus consumidores e do público em geral. O executivo complementou dizendo que a empresa fará tudo o que for possível para reverter o dano que foi causado com a revelação da fraude. Na próxima sexta-feira a mesa diretora da Volkswagen votará a respeito da permanência ou não de Winterkorn, que está à frente dos negócios da montadora há oito anos.
Estima-se que, com o que foi descoberto até agora, a fabricante tenha que pagar cerca de US$ 18 bilhões (cerca de R$ 72,7 bilhões) em multas, baseado no custo por violação e pelo número de carros afetados. Acusações criminais contra os executivos da Volkswagen podem aumentar ainda mais esse valor. Além dos Estados Unidos, outros países estão investigando os veículos com o motor TDI, como França, Itália, Coreia do Sul e a própria Alemanha. A companhia já se comprometeu a utilizar US$ 7,3 bilhões (cerca de R$ 29 bilhões) para cobrir os custos de adequação dos veículos afetados.
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