O instituto de pesquisas Gartner afirma que até 2020 cerca de 20% dos carros terão algum tipo de conexão wireless — seja para comunicação interna com aparelhos quanto externa para redes móveis por frequências de celular. Isso significa que mais de um bilhão de veículos podem estar requisitando dados e é bem possível que isso gere picos de demanda um pouco problemáticos.
Uma das principais funções dos “carros conectados” está na localização de rotas alternativas para que os motoristas possam escapar de fluxos mais intensos, mas com o tráfego congestionado nas redes móveis é possível que muitos veículos percam a estabilidade do sinal. Se estivermos falando de carros “que se dirigem”, o problema pode ser ainda maior — pois o resultado pode até mesmo ser um acidente.
Isso significa que existe um grande desafio a ser vencido pelas fabricantes em um futuro não muito distante. Vale dizer que a quantidade de dados trocada por carros deve ser bem maior do que a vista nas atuais conexões, por isso as operadoras de telefonia e as fabricantes de carro devem trabalhar juntas para fazer com que sejam criadas redes estáveis e capazes de aguentar o fluxo.
Para falar em números...
No final do ano passado, as conexões móveis consideradas M2M (máquina a máquina) eram de cerca de 250 milhões. Estima-se que até 2024 esse número possa aumentar 10 vezes e chegar aos 2,3 bilhões, sendo que cerca de metade delas será destinada aos carros. Para entender por que isso preocupa, basta pensar em um exemplo que você mesmo já presenciou.
Você já tentou usar seu celular em horários de pico perto de muitas pessoas com as mesmas conexões? O resultado deve ser bem parecido no futuro dos carros. Muitas requisições acabam congestionando as redes e fazendo com que o sinal seja recebido com interferência ou então perdido. Ambas possibilidades que ninguém deseja.
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