Uma equipe de engenheiros da Carnegie Mellon University (CMU), nos EUA, desenvolveu o protótipo de um farol inteligente que consegue eliminar diversos problemas encontrados por motoristas em relação ao uso do farol alto. O projeto promete, por exemplo, acabar com o incômodo da luz forte que costuma atrapalha a visão de quem dirige o automóvel no sentido contrário durante a noite.
Em desenvolvimento desde 2010, o farol não tem nada de bruxaria, é pura tecnologia. O farol não tem uma única fonte de iluminação, mas, sim, milhões de pequenos feixes individuais. Isso faz como que ele funcione como um projetor, que alimenta cada pixel com a intensidade correta de luz. Um conjunto de espelhos minúsculos faz com que seja possível modular o brilho e alterar o ângulo de cada um dos feixes.
Utilidade e mudanças para o futuro
De posse dessa tecnologia, os desenvolvedores não limitam o uso do farol apenas para evitar cegueiras temporárias – e xingamentos – do motorista que segue pela faixa contrária. Embora isso seja um bom começo para melhorar a segurança noturna nas estradas, o aparelho pode fazer ainda mais, como amenizar o efeito da chuva ou neve sobre a iluminação do carro.
Para fazer as gotas ou flocos virtualmente desaparecerem, o sistema do farol detecta as partículas, calcula seu trajeto e desliga os feixes que seriam refletidos por esses elementos. Esse é exatamente o mesmo procedimento usado para evitar o ponto onde a luz atingiria o rosto de quem dirige na outra pista.
O projeto tinha um tempo de resposta de 70 milissegundos no seu início, mas, graças aos avanços da equipe universitária, alcançou os impressionantes 1 a 2,5 milissegundos atuais, que tornam a ação do produto praticamente instantânea para o olho humano.
Entre outros usos possíveis está a detecção de placas informativas ou objetos e animais na pista, para que haja uma concentração maior de luz neles, chamando atenção de quem está dirigindo. Há ainda a opção de projetar marcas ou faixas no asfalto, para sinalizar uma distância segura, por exemplo.
Esse tipo de aparelho não foi regulamentado e deve passar por adequações antes de ir para as ruas. Mesmo o protótipo da CMU ainda não está pronto para o mercado, já que ainda é muito grande e frágil para que seja viável sua instalação no lugar dos faróis convencionais de carros. E você, acha que essa iluminação inteligente tem chances de vir para o Brasil? Deixe sua opinião nos comentários.
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