O princípio é bastante simples: se um aparelho possui conexão a uma rede sem fio, significa que há a possibilidade de se fazer acesso remoto junto ao dispositivo. Pois nesta semana o carro inteligente Tesla Model S foi hackeado por especialistas durante uma conferência promovida pela companhia chinesa de tecnologia e segurança Qihoo 360. A equipe de hackers, por ter batido o desafio de invadir o sistema do veículo, conquistou um prêmio de US$ 10 mil. Foi revelado também que o código de seis dígitos de segurança do app de Telsa Model S foi quebrado.
Vale dizer que a promoção foi feita pela Qihoo 360 com o intuito de estimular pesquisadores de softwares a encontrar justamente falhas de programação. “A Tesla não está associada diretamente com a conferência e não foi responsável pela competição promovida. Nós oferecemos apoio e oportunidades a pesquisadores de segurança para que encontrem vulnerabilidades em potencial. Esperamos que os atos dos especialistas sejam responsáveis e feitos em nome da boa fé”, afirmou a companhia ao periódico chinês Weibo.
Informações sobre quais componentes foram acessados remotamente não foram divulgadas. De acordo com Charlie Miller, especialista em segurança que desenvolve estudos acerca de softwares de veículos, este é um risco que todos os fabricantes invariavelmente correm. Para Miller, a quebra do sistema do Tesla Model S não é surpresa. “Acho que muitas pessoas não têm a noção de que sistemas que contam com conexão Bluetooth ou com mapas de navegação por meio de rádio podem ter suas extensões físicas controladas, tais como travas, velocímetro e ignição. Estamos tentando descobrir como lidar com o fato de que não sabemos proteger esses sistemas”, admite o pesquisador.
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