Embora tenhamos nos acostumado a lidar com smartphones e tablets cada vez mais leves, nos acostumamos com o fato de que certos itens do cotidiano são “naturalmente” pesados — como os carros, por exemplo. Para provar que isso não é exatamente uma regra, a Ford desenvolveu o “Lighweight Concept”, um carro-conceito que aponta soluções para diminuir o peso e aumentar o desempenho desse tipo de veículo.
Segundo a empresa, o uso de materiais avançados possibilita que um sedã grande, como o Fuison, apresente o mesmo uso de combustível de um New Fiest convencional. “Os consumidores hoje querem maior economia de combustível, mas também mais tecnologia e equipamentos, o que normalmente acrescenta mais peso no veículo. Por isso, o foco na redução do peso será fundamental no setor automotivo nos próximos anos”, explica Raj Nair, vice-presidente de Desenvolvimento do Produto Global da montadora.
Fruto de 25 anos de trabalho
As pesquisas que resultaram no desenvolvimento do “Lightweight Concept” começaram há mais de 25 anos e envolvem o estudo de novos metais, ligas e compostos. Os estudos também resultaram na criação do Veículo com Uso Intensivo de Alumínio, em 1992 e no esportivo Ford GT com carroceria totalmente em alumínio, lançado em 2005. Os resultados também foram aplicados na nova F-150 2015, que ficou 318 quilos mais leve do que sua antecessora.
O carro-conceito usa materiais como alumínio, vidro quimicamente temperado, aço de ultrarresistência, magnésio e fibra de carbono em sua concepção. Esses itens foram incorporados em todo o projeto, passando pelo motor, chassi, carroceria e bateria até elementos internos, como os bancos.
“Nosso objetivo foi pesquisar como projetar e construir um veículo leve com materiais mistos, capaz de ser produzido em grande volume e com o mesmo nível de segurança, durabilidade e resistência de nossos carros atuais”, afirma Matt Zalulec, líder técnico de Pesquisa de Materiais e Manufatura Global da Ford. “Quando se trata de redução de peso, não existe uma solução única. O Lightweight Concept nos dá uma plataforma para continuar a explorar a combinação certa de materiais para veículos do futuro”, finaliza.
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