Designer da Fórmula 1 desenvolve carro pequeno para enfrentar congestionamentos (Fonte da imagem: Reprodução/Bloomberg)
Ninguém gosta de engarrafamentos. Perder preciosos minutos do dia parado em uma fila de automóveis é algo que estressa muita gente nas grandes cidades – e que é capaz de ser uma incrível fonte de mau humor.
Gordon Murray, famoso por desenhar carros para a equipe McLaren de Fórmula 1, também não aprecia ficar preso em engarrafamentos. Por isso, quando estava em Londres, em 1993, tomou uma decisão: criar um novo carro e reinventar a indústria automobilística. Hoje, o homem de 65 anos mostra as suas criações em um artigo publicado pela Bloomberg e explica todas as funcionalidades de seus novos veículos.
O primeiro deles é o T.25, carro que conta com apenas 2,4 metros de comprimento, parece um quadradinho preto-cobalto e pode atingir cerca de 160 quilômetros por hora. O segundo é o T.27, que conta com bateria de ion-lítio e motor com 25 quilowatts, ambos capazes de levá-lo longe – 160 quilômetros com custo de apenas 2 reais e 10 centavos.
Mas por que ele quer revolucionar a indústria? As criações de Gordon Murray mostram uma nova maneira de desenvolver os veículos, aproveitando várias tecnologias do mundo da Fórmula 1. Ele também visa a utilização de materiais reciclados, como garrafas plásticas.Com isso, a propulsão dos carros também deve ser melhorada, e o foco deve ser na sustentabilidade, com a utilização de motores elétricos.
Além disso, os carros precisam ser construídos de forma mais compacta, tudo para enfrentar de forma mais eficiente os congestionamentos – grande trauma do designer e ponto de partida para o desenvolvimento dos veículos. Por isso, Murray desenhou as suas criações para que sejam pequenas de verdade. O T.25, por exemplo, é cerca de 11 centímetros menor do que o também minúsculo e já famoso Daimler AG (DAI) Smart.
O aproveitamento dos espaços é feito de maneira inteligente e foi claramente inspirado na Fórmula 1. O carro não conta com portas laterais, mas sim um teto que se abre como uma concha. Enquanto isso, o motorista senta no meio do veículo, com os passageiros posicionados logo atrás, dos dois lados.
Fonte: Bloomberg