Logo quando chegaram ao mercado, os airbags trouxeram um novo conceito de segurança para os motoristas e os passageiros. As almofadas infláveis que surgem quando o carro colidir com algum obstáculo já se tornaram mais do que um item de conforto nos carros e passam a ser medidas importantíssimas de segurança. Por mais que não estejam presentes em todos os carros produzidos – pois ainda é uma tecnologia um tanto cara – o airbag já é quase indispensável.
A segurança ao dirigir vai muito além do airbag. É preciso usar o cinto de segurança sempre. Ninguém gosta, mas é impossível prever quando acidentes irão acontecer, e estar bem seguro é imprescindível. Contudo, os cintos de hoje em dia possuem apenas uma função: impedir que o motorista e os passageiros sejam arremessados pelas janelas em caso de colisão, por inércia. E se fosse possível aliar mais de uma função aos cintos de segurança? Isso já é possível. Além de impedir que os passageiros do carro se machuquem ainda mais, agora eles já protegem a região torácica (peito) e até mesmo o rosto das colisões.
Pode ser um pouco estranho, mas os novos cintos de segurança encontrados no novo modelo da Ford, o Explorer 2010, já terão aliada à função tradicional airbags instalados. A ideia surgiu nos laboratórios da fábrica norte-americana e é de responsabilidade do Srini Sundararajan. A função principal deste novo item é proteger as crianças, que podem estar dormindo nos bancos de trás com a cabeça inclinada – o que provocava sérios ferimentos em caso de acidente. Nos adultos, as costelas estão entre as principais regiões a serem afetadas pelos cintos convencionais, que exercem bastante pressão nesta área.
Como funciona o airbag?
Para entender como este novo item de segurança funciona, é preciso compreender qual é o sistema que faz um airbag inflar. Desde os anos 80, quando foi criado, o airbag já protege vidas em acidentes de trânsito envolvendo colisões. A ideia de uma bolsa de ar que é inflada de acordo com o estímulo de um impacto é composta por três etapas principais de construção. A primeira é uma bolsa que fica dentro do volante e dos painéis frontais e laterais, conforme os engenheiros decidirem posicionar.
A segunda parte é, talvez, uma das mais importantes. Um sensor de colisões de força é instalado para acionar os airbags em colisões mínimas equivalentes à força de carro médio com velocidade a cerca de 20 Km/h. Por último vem o sistema de inflação. Uma substância chamada azido de sódio (NaN3) e o nitrato de potássio (KNO3), quando entram em contato, produzem um grande volume de gás nitrogênio, responsável pelo “surgimento” dos airbags quando há uma colisão.
Uma vez compreendido este princípio de funcionamento, aplica-se ele aos cintos de segurança. O modelo presente na nova geração de carros utilitários e off-road da Ford irá contar com as bolsas para serem cheias de gás na parte interior do cinto de segurança, que será aberto como um sanduíche, permitindo a saída do airbag. A proteção cobre o cinto de extremo a extremo, assim, a área de contato com o corpo do passageiro é aumentada mais de cinco vezes. Quando a parte inflável do cinto não está ativada, percebe-se uma maior maciez e bordas mais confortáveis em comparação aos cintos tradicionais.
Tecnologia a serviço da segurança
Este tipo de tecnologia contribui muito para a redução de ferimentos em acidentes de trânsito envolvendo colisões relativamente fortes, mas não basta equipar muito bem o carro se a principal peça não está corretamente instruída: o motorista. Trabalhar com tecnologias de segurança é sempre muito bom, afinal são avanços como este que garantem a vida de milhares de pessoas. É preciso também haver um trabalho de conscientização dos motoristas para que acidentes possam ser evitados.
Todas essas medidas de segurança, como airbags devem ser consideradas medidas auxiliares para casos em que a colisão é inevitável. Se há meios para não se envolver em acidentes, seria melhor. Afinal, é preferível ter esta tecnologia à disposição, mas não precisar dispor dela – ninguém quer sofrer um acidente, não é? Mesmo assim, a evolução de dispositivos de segurança e navegação para os carros têm se tornado indispensáveis em termos de diferencial competitivo entre os veículos.
Basta olharmos para trás para vermos a gravidade de alguns acidentes que poderiam ter sido evitados caso houvesse algum desses itens de segurança. Sem dúvida alguma os airbags contribuíram muito para a diminuição de acidentes fatais nas ruas e rodovias de todo o mundo. Apenas 25% dos carros produzidos no Brasil possuem este sistema – 5% deste total representam a quantidade de carros populares que têm airbag. Em outros países como Japão, Estados Unidos e os países europeus já tornaram deste, um item de série nos automóveis.
No Brasil, há um projeto de lei que prevê a serialização do airbag em todos os carros - os trâmites indicam que este projeto só fará parte da legislação em meados de 2014. De acordo com o Centro de Experimentação e Segurança Viária, o CESVI, os airbags conseguem evitar 490 mortes, 10 mil feridos e um impacto econômico favorável de aproximados R$ 315 milhões por ano no país. Fica provado que o airbag não é um mero acessório e pode, sim, provocar mudanças extremamente positivas na sociedade.
É importante saber alguns dados sobre o trânsito no Brasil para que a consciência no trânsito seja levada a sério. Afinal, segundo a pesquisa realizada pelo CESVI em 2006, o número de acidentes envolvendo vítimas totalizou em 303.385 em todo o Brasil. É importante que os motoristas se mantenham atentos ao trânsito e tomem cuidado. Afinal, as vidas de outras pessoas também estão em jogo.
E você? O que achou desta novidade para os cintos de segurança? Se você fosse engenheiro de uma grande fábrica de automóveis, que dispositivo inventaria para aumentar a segurança dos veículos?
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Até a próxima!
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