(Fonte da imagem: Canon)
A Canon anunciou na última quinta-feira (15 de setembro) a instalação de um sensor CMOS fabricado pela empresa no Telescópio Schmidt, localizado no Observatório Kiso da Unidade de Tóquio. Com cerca de 40 vezes o tamanho do maior sensor comercial da empresa, o dispositivo consegue filmar imagens do espaço em alta qualidade a 60 quadros por segundo.
As grandes dimensões do sensor desenvolvido pela empresa fazem com que ele seja bastante adequado para a captura de imagens em ambientes com pouca luz, como o espaço. Em um dos primeiros experimentos feitos pela empresa, foi possível gravar a passagem de meteoros que exibiam magnitude aparente 10.
Em termos leigos, a magnitude pode ser interpretada como a quantidade de brilho aparente de um astro. Para efeitos de comparação, métodos tradicionais de captura de imagens possuem grande dificuldade em captar imagens de objetos com magnitude acima de 7. Anualmente, somente cerca de 10 meteoros com magnitude acima de 10 conseguem ser captados pelas lentes do observatório de Kiso.
Compreendendo a vida na Terra
O sensor CMOS da empresa se mostrou surpreendente por quebrar essa marca imediatamente, tendo gravado em 60 segundos uma quantidade de meteoros que supera aquela observada em todo o ano anterior. A análise do material obtido pode ajudar pesquisadores a compreender melhor a influência que esses corpos celestes tiveram no desenvolvimento da vida na Terra.
O dispositivo também vai ajudar na captação de imagens de objetos que se movem a altas velocidades pela atmosfera terrestre, além de possibilitar um aumento na detecção de fenômenos celestes. O sensor também se mostrará útil na detecção de corpos celestes que se movem pelo sistema solar e do lixo espacial que vaga pela órbita terrestre.
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