Presente de forma mais tímida na edição passada da Campus Party Brasil, a Visa resolveu mostrar a que veio em sua participação na décima edição do evento. Na prática, isso significa que a marca se tornou um dos principais patrocinadores da feira e essa integração mais intensa acabou resultando em um estande cheio de atividades – e novidades – para os campuseiros, unindo soluções de pagamentos, tecnologia e desenvolvimento.
Dando continuidade a um trabalho que vem sendo feito pela companhia ao longo dos últimos anos, o espaço parece ter o objetivo de mostrar que a Visa é mais do que uma bandeira de cartões de crédito – ou um nome impresso no plástico, por assim dizer. Isso quer dizer que, ao visitar o espaço bastante amplo dedicado à empresa, o visitante pode participar de uma série de ativações, assistir a palestras e conhecer um pouco mais da atuação da dona do pedaço.
Topa tentar a sorte em uma corridinha?
Entre os destaques do estande, para que a galera possa vivenciar um pouco o mundo da companhia, está um bom e velho... Autorama. O circuito montado com o brinquedo é bem vistoso e permite que os participantes façam voltas de aquecimento e compitam entre si por alguns minutos. O objetivo disso? Explicar um pouco as tecnologias dos carros conectados e também como uma plataforma como essa pode abrigar ainda mais recursos e funcionalidades.
Simulações de pagamento via Visa Checkout e explicações sobre autenticações digitais através da interação com um totem que detecta o sorriso das pessoas também marcam presença, dando um gostinho de como a marca tem trabalhado para que seus serviços estejam cada vez mais seguros e ao alcance das pessoas. Adicionalmente, para quem não perde um agradinho, uma série de brindes podem ser conquistados ao final do tour – a maioria deles snacks feitos sob medida para aplacar a fome durante a CPBR10.
O público que vem atrás de conteúdo também não fica desamparado, já que são oferecidas periodicamente discussões sobre temas que vão de tokenização e segurança biométrica a Internet das Coisas e outros recursos que podem facilitar a vida dos consumidores. Pufes e sofás garantem que você possa curtir as apresentações com mais conforto. Quem quiser vivenciar tudo na prática ainda pode adquirir pulseiras de pagamento contactless por um precinho mais camarada e no esquema de “leva um e ganha outro”.
A palavra é: Hackathon
A grande ligação da Visa com o clima da Campus Party, no entanto, é a Hackathon promovida nas bancadas em frente ao seu estande. Iniciada às 13h da quarta-feira (1) e finalizada no mesmo horário do dia seguinte, a disputa de desenvolvimento contou com seis equipes – todas selecionadas previamente pela Startup Farm, para garantir a qualidade das contribuições – que deveriam trabalhar em torno de um objetivo único: criar soluções digitais para o cliente final tendo como base a API da companhia financeira.
Uma boa oportunidade para desafiar os participantes a repensar a experiência do comércio
Essa temática escolhida pela Visa, aliás, tem tudo a ver com o momento e foco da empresa. “Nosso objetivo com essa Hackathon é comemorar um ano de lançamento da nossa plataforma de API no Brasil, a Visa Developer. Além disso, a gente achou que era uma boa oportunidade para desafiar os participantes a repensar a experiência do comércio e varejo, que são áreas que têm ganhado cada vez mais força aqui dentro”, explicou o diretor de inovação da marca, Érico Fileno, ao TecMundo.
A ideia é usar a API da Visa como base e apelar para a criatividade
Para garantir que os times tivessem uma motivação extra para dar o seu melhor durante a bateria ininterrupta de 24 horas de elaboração, projeto e desenvolvimento, a Visa ofereceu prêmios em dinheiro aos três primeiros colocados – nos valores de R$ 15 mil, R$ 7 mil e R$ 3 mil, respectivamente. Além disso, uma série de profissionais da própria Visa agiram como mentores dos grupos durante toda a competição.
Isso significa que eles acabaram indicando caminhos, fazendo sugestões e avaliando a implementação das soluções produzidas em cada etapa da Hackathon. Afinal, um dos pré-requisitos da disputa é que tudo funcionasse adequadamente dentro do sistema de testes da empresa. O resultado dessa iniciativa? Bem, apesar de os vencedores só serem anunciado no sábado, no palco principal da Campus, a criatividade das equipes parece ter impressionado os profissionais da companhia.
Pensando muito fora da caixa
Depois do final do prazo para desenvolvimento, cada um dos seis times participou de uma rodada de pitches, no qual eles tinham apenas três minutos para apresentar o grosso do funcionamento de seus projetos à comissão julgadora. Fileno já esperava novidades nessa nova fase de cocriação da Visa, na qual a marca cede ferramentas para que os usuários também possam contribuir com o mercado, mas algumas das iniciativas surpreenderam mesmo quem, assim como ele, estava com mente mais aberta.
Os jovens de hoje preferem ir ao dentista do que interagir com as instituições financeiras
Prova disso foi a apresentação do Botpay, que utilizou a segurança e a agilidade da API Visa Direct, a popularidade do Facebook Messenger e até recursos do IBM Watson para criar uma forma de realizar operações bancárias simples sem precisar nem abrir o app do seu banco. Percebendo que os jovens de hoje preferem ir ao dentista do que desenvolver qualquer tipo de interação com as instituições financeiras, a equipe resolveu trazer uma das funções mais utilizadas no setor para mais perto do cliente final.
Transferir dinheiro pelo Messenger? Sim, senhor!
Como? Fazendo com que um bot para o mensageiro do Facebook fizesse a ponte entre diferentes usuários – ou, ainda, entre consumidor e comerciante – e realizasse transferências de dinheiro entre suas contas. Na teoria, basta fazer um cadastro simples, abrir uma janela de conversa com o robozinho, digitar o email da conta de origem e da de destino e confirmar o valor a ser transferido. Um SMS enviado para ambas as partes confirma a transação e dá um toque extra de segurança aos mais desconfiados.
O mais bacana é que, apesar de parecer algo distante ou até mesmo conceitual, esse e outros projetos forma demonstrados na prática e são grandes as chances que eles vejam a luz do dia. Isso porque esse canal de comunicação e suporte aos desenvolvedores permite que tanto os grupos da Hackathon quanto devs fora do evento enviem seus trabalhos para que eles possam tentar passar pelos crivos de segurança e viabilidade da companhia. E aí, você acha que conseguiria criar uma ideia genial em 24 horas caso tivesse a oportunidade?