Wesley Faler (esq.), Thomas Kunze (centro) e Cláudio Martins (dir.), da Part Time Scientists (Fonte da imagem: Reprodução/Tecmundo)O palco Galileu é um dos grandes destaques da Campus Party Brasil 6 (CPBR6), já que reúne a maior concentração do evento de pessoas interessadas em astronomia, robótica e outras ciências. Hoje (30), foi a vez da equipe “Part Time Scientists” contar como está o projeto de desenvolvimento de um robô que deve explorar a superfície lunar até o ano de 2015.
Participando oficialmente da competição Google Lunar X Prize, a equipe pretende ganhar US$ 30 milhões (cerca de R$ 60 milhões) em prêmios, que atualmente são disputados por mais de 20 equipes. Os membros da equipe, Wesley Faler, Thomas Kunze e Cláudio Martins — que trabalha diretamente do Rio Grande do Sul —, vieram até a CPBR6 para conversar com o público e contar um pouco dos detalhes e desafios que enfrentam no desenvolvimento do projeto.
A equipe também trouxe alguns robôs para a CPBR6 (Fonte da imagem: Reprodução/Tecmundo)
E os desafios não são poucos. Para começar, os integrantes precisam adaptar os componentes eletrônicos de seu robô para que possam resistir ao ambiente agressivo do espaço. Um desses problemas, por exemplo, é a radiação emitida por raios cósmicos e que pode acabar com circuitos muito sensíveis.
Desafios astronômicos
Além disso, Faler também explicou que o espaço não é neutro eletricamente, graças aos campos magnéticos presentes em planetas e outros corpos celestes. E assim como na Terra, diferentes cargas tentam se igualar quando interagem uma com a outra. Nesse processo, faíscas podem inutilizar completamente o equipamento enviado.
Outras preocupações incluem a interação com plasma e, obviamente, a resistência a impactos, visto que o robô precisa sobreviver ao pouso na superfície do nosso satélite natural para começar a coletar dados e enviá-los para a Terra. E por falar em dados, essa é justamente a missão de Cláudio Martins na equipe: garantir a integridade das informações coletadas pelos sensores da sonda e enviá-las com segurança para a Terra.
(Fonte da imagem: Reprodução/Tecmundo)Como se não bastasse, a Lua, que foi visitada por um participante ilustre da Campus Party Brasil, também oferece uma última ameaça ao projeto da Part Time Scientists: regolito, ou seja, os fragmentos de rochas que cobrem a superfície lunar. Essas partículas são tão pequenas que podem entrar em qualquer abertura mínima que a sonda apresentar, o que pode causar falhas mecânicas.
A competição deve render boas imagens para quem fica na Terra: uma das exigências do concurso é a de que a sonda possa capturar vídeos em alta definição da Lua e é claro que esse material será amplamente divulgado na internet, para o nosso deleite. Segundo Martins, o lançamento da sonda, quando acontecer, também deverá ser transmitido em tempo real pela web. Portanto, fique atento no progresso da equipe!
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