(Fonte da imagem: Baixaki/Tecmundo)
Chegamos ao último dia da Campus Party Brasil 2012 e às 13 horas, Michio Kaku (o maior físico teórico do mundo na atualidade) subiu ao palco principal para falar sobre o futuro da tecnologia e os reflexos disso na humanidade. A palestra foi uma das mais assistidas de todo o evento e lotou a plateia (o que obrigou vários presentes a assistirem tudo de pé).
Quem estava com medo de ouvir uma palestra com muitos termos complicados e teorias que precisariam de um pós-doutorado para serem compreendidas saiu muito feliz do evento. Michio Kaku fez uma apresentação muito descontraída e garantiu que todos saíssem satisfeitos do palco principal. Vamos agora a um resumo do que Kaku falou.
A quarta onda da tecnologia
Michio Kaku lembrou que já presenciamos três "ondas" principais nos avanços tecnológicos em todo o planeta. A primeira delas foi composta por motores a vapor (que garantiu a invenção e utilização efetiva das locomotivas mais potentes). Em seguida vieram a eletricidade e os automóveis, permitindo que a humanidade se deslocasse para o meio urbano.
A terceira geração da tecnologia é a que estamos presenciando atualmente, com equipamentos de qualidade que permitem a conexão com outras pessoas em todos os lugares. São os smartphones, tablets, microcomputadores e outros eletrônicos que podemos considerar como disseminados pela humanidade.
E então estaríamos indo em direção à quarta onda tecnológica. Qual seria ela? Segundo Michio Kaku, trata-se da biotecnologia, que junto com a nanotecnologia, pode permitir que o futuro da humanidade seja completamente diferente do que muitos esperam.
Realidade aumentada
Você já deve ter visto alguns óculos futuristas que prometem agregar a realidade aumentada ao cotidiano das pessoas. O que Kaku diz é que isso será apenas o início do que teremos realmente. Nanochips instalados em lentes de contato permitirão que as pessoas identifiquem as outras sem precisar de outros dispositivos para acessar os bancos de dados.
Mas o principal mesmo está na medicina, que pode abolir as palavras "tumor" e "câncer" dos vocabulários de todo o mundo. Como isso será possível? Graças às tecnologias aplicadas à prevenção de doenças, podendo ser instaladas em qualquer lugar (inclusive banheiros). Não entendeu?
(Fonte da imagem: Baixaki/Tecmundo)
Banheiros inteligentes podem fazer exames de urina periódicos para detectar qualquer alteração nas funções do organismo já no começo. Michio Kaku disse que, tumores no pâncreas podem ser previstos 20 anos antes da manifestação física (devido à decodificação do DNA). Análises constantes da urina seriam ideais para evitar mortes desse tipo.
Kaku mostrou também um vídeo de sua série produzida pela BBC, Visions of the Future. No filme, Kaku aparece contando que, no futuro, as pessoas não terão mais medo de morrer enquanto esperam por transplantes, pois será possível criar qualquer tipo de estrutura humana em laboratório. Será que as previsões dele estão certas?
Possível escassez dos empregos
Com a tecnologia cada vez mais avançada, será que vai haver lugar para todos trabalharem? Michio Kaku sabe que isso é complicado, mas com algum esforço das pessoas, pode ser que haja solução. Profissionais que desempenham funções repetitivas devem ser substituídos por robôs com o decorrer do tempo, mas isso pode forçá-las a buscar novas possibilidades
Já trabalhos intelectuais e que exigem raciocínio menos repetitivo não devem sofrer qualquer tipo de perda com o avanço tecnológico. A explicação para isso estaria no medo que as pessoas têm de serem dominadas pela máquina. Em resumo, o ser humano ainda não está preparado (e não deve estar nas próximas décadas) para deixar que a inteligência artificial realmente pense sozinha.
A robótica japonesa
Michio Kaku se diz decepcionado com o progresso da robótica. Atualmente, a inteligência artificial está muito aquém do que os cientistas esperam (parte disso, devido ao que falamos no parágrafo anterior). Mas qual seria a motivação para países como Japão, Alemanha, Suíça e Áustria investirem tanto no segmento?
(Fonte da imagem: Baixaki/Tecmundo)
Ele foi muito seguro ao afirmar que as principais funções que devem ser desempenhadas por robôs (pelo menos nos países citados) são relacionadas à enfermagem. Como os países estão em constante envelhecimento populacional, será necessário achar outra forma de cuidar dos idosos, pois provavelmente haja déficit no setor.
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