A internet no Brasil tem passado por avanços significativos. Mas será que existe uma maneira eficiente de avaliar a qualidade das conexões por aqui? Fabrício Tamusiunas, bacharel em ciências da computação e gestor do NIC.BR, Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR, explica como a rede brasileira tem melhorado graças aos esforços do CGI, Comitê Gestor da Internet.
Para qualificar a internet brasileira de acordo com os padrões de qualidade vigentes internacionalmente, o NIC realiza uma série de testes através de um sistema chamado SIMET, Sistema de Medição de Tráfego de Última Milha, que é totalmente nacional.
Esta medida tem um foco político e econômico, muito maior do que se imagina. Através de uma conexão rápida com a internet é possível avaliar a qualidade da infraestrutura da rede do país e, consequentemente, como o povo de determinada região vive.
O aplicativo online, que pode ser acessado através deste endereço, realiza uma bateria de testes que verificam a qualidade da conexão.
Entres os testes realizados estão o de Jitter, que mede a frequência com que os sinais são transmitidos e recebidos e o de TCP-UDP: dois protocolos comumente usados na web, para realizar a comunicação entre PCs.
Fabrício Tamusiunas salienta que existem poucos softwares capazes de verificar o UDP da conexões e que o SIMET é um dos únicos capazes de realizar a função.
Durante os testes são exibidos relatórios em tempo real da sua conexão, num diagrama parecido com um velocímetro. Antes do teste ser iniciado, um formulário é apresentado com campos como CEP e endereço.
Estas informações, aliadas à um aplicativo do Google Maps, ajudam operadoras de internet a identificarem problemas em determinadas regiões e melhorar a qualidade do serviço oferecido.
No entanto, para que a avaliação não seja burlada por empresas, a fim de dar um falso resultado na qualificação brasileira, o teste impõe um filtro que impede que downloads sejam realizados com mais de 34 Mbps e uploads a mais de 6 Mbps, identificando usuários domésticos.
A Campus Party vai até o sábado, 22, no Centro de Exposições Imigrantes, em São Paulo.