Prepare-se para ver uma câmera digital poderosa como nenhuma outra vista até o momento. O aparelho, que será usado para capturar imagens espaciais com a ajuda do Large Synoptic Survey Telescope, o telescópio do Centro de Aceleração Linear de Stanford, nos EUA, acaba de ter sua construção aprovada pelo Departamento de Energia norte-americano.
Sua resolução de imagem? “Míseros” 3,2 gigapixels – suficiente para registrar imagens que precisariam de 1.500 TVs HD para serem exibidas em qualidade máxima. Pois é, e você achando a câmera de 15 MP de seu celular algo poderoso...
A esse ponto, é claro que muitos de nossos leitores já devem usar nosso conhecido argumento de que uma alta resolução não quer dizer necessariamente uma boa qualidade de imagem. Mas segundo o anúncio oficial feito pela equipe, esse não será o caso; de fato, eles afirmam que esta câmera será capaz de fotografar com mais qualidade do que qualquer telescópio óptico já feito.
Gigante em todos os aspectos
Vale notar que tamanha resolução de imagem vai pedir uma câmera realmente grande – do tamanho de um carro pequeno e pesando mais de três toneladas, para ser mais exato – para acomodar suas lentes, bem como seus diferentes filtros para identificação dos astros. Igualmente grande é o tamanho de suas fotos, que devem ocupar aproximadamente 6 petabytes por ano.
A lente da câmera e seu sistema de filtros coloridos ajudarão na identificação dos corpos celestes
Em compensação, ele será capaz de detectar dezenas de bilhões de objetos no espaço, durante um período de 10 anos, ajudando a catalogar os planetas e galáxias pelo espaço. Não apenas isso: ele permitirá aos pesquisadores estudarem com maior precisão a formação de galáxias e a explosão das estrelas, bem como a matéria escura e a energia escura, além de acompanhar asteroides potencialmente perigosos.
Infelizmente, por fim, teremos que esperar um tempo considerável para ver o resultado das belíssimas fotos que essa câmera deve gerar. Isso porque, mesmo com a fabricação de alguns dos principais componentes já tendo sido iniciada, o prazo previsto para a construção e teste do aparelho é de nada menos do que 5 anos.
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