Quando você assiste a uma gravação capturada a uma taxa de frames por segundo (fps) diferente da que você está acostumado, como os longa-metragens da trilogia "O Hobbit", rodado a 48 fps, há um estranhamento: seu olho está acostumado com uma velocidade de movimento e é apresentado a uma completamente diferente. Se você achou isso esquisito, imagine quem trabalha com a supercâmera da Heriot Watt University.
O local é o lar da de uma câmera que é capaz de fazer gravações de vídeos na velocidade da luz, sendo a mais rápida do mundo nesse aspecto. Duvida? Então veja o vídeo acima: são 15 bilhões de fps com um tempo de exposição de 67 picossegundos (sendo que cada um deles equivale a 0,000000000001 segundo). O feixe de laser, que parece uma linha reta ao olho humano e a uma câmera de smartphone, mostra-se um amontoado de fótons em detalhes.
O funcionamento da câmera não é menos impressionante e parece equipamento de espião: ela projeta um laser a uma superfície e aguarda o retorno desse feixe, que provavelmente vai bater em alguma coisa, como uma parede ou uma pessoa. O sensor é extremamente sensível e pode detectar fótons individuais, inclusive diferenciando em que tipo de material ou objeto ele "encostou" de acordo com o tempo levado entre o trajeto de ida e volta. Algoritmos ajudam no cálculo de reconstrução da trajetória e a definir quem foi o alvo.
A câmera é mais efetiva no escuro, quando são menos os obstáculos em forma de luz. Por enquanto, apenas o uso militar ou médico foi pensado, como ajudar em uma missão de resgate ou realizar certos diagnósticos. Ainda assim, estuda-se uma maneira de colocar um sensor parecido em carros, criando um sistema de alerta preciso para avisá-lo se alguém ou algo está na frente do veículo, por exemplo.
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