(Fonte da imagem: Baixaki/Tecmundo)
Pensar que a quantidade de megapixels de uma câmera digital é o que mais importa para a qualidade das imagens é um erro muito comum entre os usuários de tecnologia. A constante busca por maiores resoluções — tanto por consumidores quanto por fabricantes — é um dos fatores que mais contribui para isso. Mas o que será que faz mais diferença na hora de fotografar algo com um celular?
Assim como nas câmeras digitais dedicadas — ou seja, não as de smartphones —, as câmeras de celulares contam com diversas estruturas separadas que se somam para formar equipamentos de alta qualidade. E isso envolve sensores, lentes, processadores mais avançados e recursos adicionais de alta tecnologia. Quer conhecer algumas dessas possibilidades?
Muito além do megapixel
Você já deve ter entendido que a busca por melhores câmeras para smartphones está indo bem além dos megapixels que cada uma oferece para os consumidores. Atualmente, as fabricantes estão trabalhando com outros recursos para continuar conquistando o coração dos consumidores, pois sabem que a busca por câmeras de alta qualidade é algo bem frequente.
Quais são as tecnologias que começam a surgir nos aparelhos? Elas envolvem a instalação de câmeras secundárias, processadores com mais capacidade e também recursos de pós-processamento por software. E você certamente vai ver muito disso nos próximos anos, pois os consumidores querem cada vez mais qualidade em seus produtos — e as fabricantes tem que correr para oferecer isso.
Zoom óptico já é quase uma realidade
Você já deve ter tentado tirar uma foto com zoom no seu smartphone. Você também já deve ter se frustrado com os resultados, uma vez que as imagens podem ter ficado muito tremidas e com pouca nitidez. Isso acontece porque o “zoom digital” apenas faz aproximações das imagens, de um modo bem menos interessante do que o “zoom óptico” de câmeras mais avançadas.
(Fonte da imagem: Reprodução/Corephotonics)
Mas há diversas tecnologias que já mudam essa história. Smartphones atuais já contam com zoom óptico, mas somente em modelos especiais — como o Samsung Galaxy S4 Zoom, que é quase uma câmera digital com funções de smartphones. E esse exemplo pode ficar para trás, pois novos métodos podem garantir a aproximação das imagens sem demandar peças pesadas.
É o caso da arquitetura Corephotonics de lentes duplas, que combina duas lentes para fazer com que as imagens sejam aproximadas de uma maneira óptica. O melhor de tudo é que isso acontece sem muito aumento de peso. As duas lentes possuem diferentes distâncias focais e, após a captura, os processadores realizam a combinação dos sinais e criam o zoom óptico sem qualquer perda de resolução.
Câmeras agindo em conjunto e a possibilidade de vários focos
A nova geração do smartphone HTC One ainda não foi lançada, mas já se sabe que o aparelho surgirá no mercado com duas câmeras trabalhando em conjunto. Isso significa que os consumidores vão poder capturar imagens com diferentes pontos focais acionados ao mesmo tempo — decidindo depois qual deles será utilizado. Todo o processo é óptico e não exige recursos de pós-processamento.
(Fonte da imagem: Reprodução/EvLeaks)
O que se espera é que cada lente seja dedicada à focalização de um trecho dos cenários. Ou seja, uma delas ficará com foco em um objeto central e outra com foco no fundo ou em outro objeto, por exemplo. Depois os usuários só vão precisar escolher a imagem que gostam mais para compartilhar com quem quiserem.
Sensores e processadores melhores
Um avanço bem natural das câmeras digitais integradas aos celulares é relacionado aos processadores e sensores de imagens. Enquanto os primeiros oferecem cada vez mais velocidade na captura — o que garante mais estabilidade para as fotografias —, os sensores fazem com que as imagens tenham cada vez melhor aproveitamento da luz, o que gera menos ruídos.
Câmeras Lytro
O nome “Lytro” não é novidade para quem acompanha o Tecmundo. Esse sistema promete capturar imagens com uma grande quantidade de pontos focais diferentes e isso permitiria a escolha do principal em softwares de pós-processamento. Empresas como a Toshiba querem levar isso para os sensores e softwares já tornam isso possível de algumas formas.
O que esperar para o futuro
Há ainda algumas tecnologias que parecem mais distantes de nossa realidade do que as que vimos acima. Algumas delas exigem recursos de hardware que ainda não são possíveis atualmente e outras ainda precisam de ajustes para que possam ser empregadas em celulares.
Mapeamento 3D
A empresa Movidius criou um protótipo chamado Project Tango. Trata-se de um sistema que conta com câmera de alta resolução, um rastreador de baixa resolução, um scanner infravermelho de profundidade e um processador central para criar um verdadeiro mapa 3D dos cenários. Ainda distante pela demanda de potência no processamento, esse sistema poderia tornar qualquer smartphone em uma câmera com total aproveitamento de luz e focalização profissional.
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Conjuntos de lentes
Uma câmera produzida pela Pelican foi anunciada durante a CES 2014 e apresenta a utilização de 16 lentes em conjunto para a melhor qualidade de fotos possível. Trata-se de um sistema que realiza mapeamentos tridimensionais e consegue fazer com que as fotografias tenham focos bem mais interessantes. Não são recursos de software, mas 16 pontos “físicos” diferentes que podem ser identificados por um único sensor.
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Como você viu, a resolução das câmeras tem ficado em segundo plano para as fabricantes. É claro que a quantidade de megapixels das câmeras de smartphones é necessária, mas outros atributos têm ganhado cada vez mais destaque. De tudo o que foi falado aqui, o que você acha que seria melhor no seu smartphone?
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