Em 2008 a Polaroid divulgou que fecharia a produção dos tão famosos filmes Pic de revelação instantânea. Com isso, muitos quase arrancaram os cabelos vendo um sonho de infância escorrer pelos dedos.
Afinal, quem não teve como sonho de consumo aquela Polaroid toda bonitona que revelava fotografias instantaneamente? Com ela, você via a imagem na hora, e quem sabe até tirava uma pose diferente, caso aquela não ficasse da forma que queria!
OK, OK, com o advento das máquinas fotográficas esse sonho ficou um pouquinho mais fácil de ser realizado, já que você pode ver a pose, apagar a imagem e fazer a pose novamente. Entretanto, nada se compara com as fotografias estilosas tiradas com as antigas máquinas de filme instantâneo que custavam uma fortuna até mesmo para bolsos mais recheados e eram uma raridade no Brasil.
Coração partido
Mas aqueles que ficaram de coração partido não deixaram barato. Desde 2008, o Impossible Project, um grupo de entusiastas dinamarqueses, se juntou para montar uma fábrica de filmes utilizados em câmeras Polaroid.
Isso fez com que muita gente que ainda possuía as câmeras continuasse a usá-las, de forma a criar fotografias no estilo consagrado que povoa o sonho de muitos adultos ainda hoje, principalmente aqueles que tiveram a chance de conferir aquelas máquinas em ação.
Mas e aquelas pessoas que não tinham uma Polaroid guardada? O que fazer? A alternativa era procurar em lojas de antiguidades por máquinas no estilo da OneStep dos anos 70 e 80. Ou esperar que a Polaroid voltasse atrás em sua decisão.
O sonho não acabou!
Não demorou muito tempo para que a Polaroid percebesse que aquilo que faz a marca ser o que é são as revelações instantâneas. Por isso, desde a CES 2010 a empresa já vem mostrando sinais de que retomaria a produção não apenas dos filmes instantâneos, mercado que o Impossible Project tomou para si, como também das máquinas específicas e clássicas de revelação.
Agora a Polaroid de fato colocou o passado em seu futuro. Depois de uma escolha ousada com a contratação de Lady Gaga como Diretora de Arte, a empresa lança uma nova câmera de revelação instantânea que promete deixar todos nostálgicos e loucos para ter uma igual.
A novidade
A Polaroid Pic-300 retoma a produção das câmeras da empresa com um design bastante arrojado e com três cores diferentes: preta, vermelha e azul. É recheada de curvas que não remontam às câmeras mais antigas, mas sim mostram a nova fase por que a empresa está passando: renovação.
Como o nome já aponta, a nova Polaroid utiliza o 300 Instant Film como base de trabalho e revela fotografias do tamanho de um cartão de visitas, com tamanho de 2,1 x 3,4 polegadas (a imagem em si possui 1,8 x 2,4 polegadas), ou seja, uma “fotinho”. Como base de comparação, as Polaroids de antigamente tiravam fotografias de 3,5 x 4,25 polegadas, com imagens de 3.0 x 3,1 polegadas.
Conta com flash automático e quatro opções de configurações, para que você possa tirar as fotos perfeitamente, em qualquer tipo de ambiente e iluminação. Além disso, traz uma bateria recarregável de Íon-Lítio ou a opção de uso de quatro pilhas AA, de acordo com a necessidade no momento.
Para completar, esta belezinha ainda possui uma tira que se prende ao pulso, de forma que você não a derrube por acidente depois de ficar tão contente de ver sua foto sendo impressa pela máquina.
Diferente dos aparelhos mais clássicos da empresa, a Polaroid Pic-300 traz a impressão não na frente da câmera, mas na parte superior. Isso quer dizer que você precisa ficar esperto para não deixar os dedos repousados na saída, o que dificultaria a saída da imagem revelada.
É caro?
No site oficial da empresa, a Polaroid Pic-300 já está em fase de pré-venda (por enquanto, apenas para os Estados Unidos) pela bagatela de US$ 90. A máquina em si não é tão cara, tendo em vista que algumas câmeras digitais possuem preços bem maiores que isso.
Entretanto a “pegadinha” está, é claro, no filme necessário para que essa belezinha tire fotos por aí. O Polaroid 300 Instant Film será vendido nos Estados Unidos por US$ 10, em um pacote para 10 poses, ou seja, um dólar por gracinha que você faça em frente da câmera.
Para a nossa realidade, o problema é um pouco maior. Primeiramente, os impostos cobrados por aparelhos eletrônicos no país faz com que o preço final, que lá é razoável para um eletrônico diferenciado, não seja tão suave para nós.
Além disso, pensando em termos hipotéticos, se o preço do filme mantiver-se o mesmo, cada fotinho de 4,6 por 6 cm (isso mesmo, este é o tamanho transformado da imagem para centímetros) custaria quase dois reais. Um preço um tanto quanto salgado pela quantidade de filme que gasta em uma imagem “pequenina”. Além disso, você realmente acredita que o preço será o mesmo por aqui?
E o meu sonho de consumo?
Agora se você tem o sonho de criança e não abre mão da sua Polaroid novinha em folha, o brinquedinho pode ser a solução dos seus problemas. Vale também a pena esperar por novidades da marca, que promete voltar com tudo para o mercado da instantaneidade, no qual é e sempre será maioral.
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