Verdadeira febre nos anos 2000, as câmeras digitais compactas ganharam espaço no mercado devido às suas dimensões pequenas para a época e sua capacidade de armazenar uma quantidade considerável de fotografias. No entanto, como acontece com quase toda tecnologia, as encarnações originais desses dispositivos ainda traziam alguns inconvenientes — como a necessidade de usar disquetes para guardar dados.
Os “early adopters” que investiram em dispositivos como a Sony Mavica tinham que lidar com gadgets com dimensões consideradas enormes para os padrões atuais. Além disso, se você acha que a câmera frontal de seu celular tem baixa resolução, provavelmente as fotografias registradas com a Mavica vão fazer você repensar seus conceitos de qualidade.
Quando o produto da Sony chegou às lojas, em 1997, o Windows e o Mac não ofereciam suporte nativos a câmeras, conexões USB ainda não haviam sido estabelecidas como um padrão e também faltavam seis anos para que cartões miniSD chegassem às lojas. Isso não impediu que a máquina — aliada a gadgets de outras empresas — desbravassem o mercado que, em questão de poucos anos, quase acabaria com a fotografia analógica.
Tecnologia pioneira
As versões derradeiras da Mavica acompanhavam um sistema de armazenamento baseado em mini CDs que se mostrava tão duvidoso quanto a escolha por disquetes. Embora os discos conseguissem armazenar mais dados, a mídia não é exatamente adequada a um dispositivo feito para permanecer em movimento constante — algo que os donos dos antigos discmans sabem muito bem.
As últimas versões da linha substituíram os disquetes por mini-CDs
A compensação surgia do fato de que as últimas versões da câmera já tinham suporte ao padrão USB, o que facilitava muito a transferência de arquivos. Embora muitas pessoas não se lembrem do início desse mercado, é uma boa ideia revisitá-lo de vez em quando, nem que seja para perceber o quanto reclamamos de aspectos que, vistos sob a lente do passado, pareceriam impossíveis de se conseguir.
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