Um braço que detecta movimentos do corpo humano e replica em seu próprio corpo mecânico. Parece coisa de filme, como no longa-metragem "Gigantes de Aço", estrelado por Hugh Jackman, mas é um projeto de verdade desenvolvido por um aluno da Engenharia Mecatrônica da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC).
A iniciativa partiu do estudante brasileiro Vinícius Bazan Pinto Fernandes, que tem 22 anos e está no fim do curso da Universidade de São Paulo (USP). O projeto tem um nome curioso: Wearable Interface for Teleoperation of Robot Arms, ou WITRA. Como a sigla explica, trata-se de uma tecnologia vestível que permite a "teleoperação" de um braço robótico sem a necessidade de um controle-remoto, por exemplo.
O funcionamento é fácil de ser entendido. Sensores posicionados no braço do operador reconhecem movimentos do braço e até do pulso. De forma quase imediata, o braço robótico conectado ao sistema responde o movimento segundo a própria estrutura — ele pode até se abaixar para pegar um objeto, por exemplo.
Muito passado e futuro
Vinicius teve a ideia depois de um projeto de iniciação cientíica e de um intercâmbio pelo programa Ciências sem Fronteiras. Depois de oito meses no laboratório da New York University, ele discutiu a viabilidade do equipamento com um professor, o orientador Glauco Caurin, e começou a colocar a mão na massa. O WITRA também é seu projeto de conclusão de curso.
Com o apoio do professor, o aluno inscreveu o WITRA no concurso Toradex Design Challenge de inovações e ficou em segundo lugar, já com uma versão "2.0" da tecnologia — o vídeo que abre a matéria é a apresentação em inglês de Vinicius sobre a tecnologia para o concurso. Ele recebeu US$ 10 mil de prêmio e deve desenvolver esta ou outras tecnologias com o valor.
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