Depois de uma negociação para facilitar importações de sites da Alibaba, os Correios continuam a expandir as atividades internacionais. Desta vez, o órgão pretende abrir armazéns em Miami, nos Estados Unidos e em Hong Kong, território autônomo mas sob possibilidade de intervenção administrativa da China.
Não é coincidência que eles sejam dois dos principais locais de origem de produtos importados que chegam ao Brasil: o objetivo dos Correios é "melhorar a logística", otimizar o controle de mercadorias e, quem sabe, estimular a importação de produtos brasileiros por lá.
Segundo o Estadão, no armazém de Hong Kong, a ideia é servir de estoque para produtos do mercado chinês, o que "tornará mais curto o prazo de entrega ao consumidor" — o fim de meses de espera e de receber uma encomenda que você nem lembrava que havia pedido. Isso porque alguns procedimentos burocráticos, como checagem de documentação e eventuais tributações, acontecerão diretamente no país de origem do objeto, não quando ele chegar ao Brasil e juntar-se a todos os outros pacotes e correspondências.
O imposto vem aí
Percebeu o problema escondido? A otimização desses serviços, o que inclui filtrar os pacotes que saem do exterior para o Brasil, implica também na antecipação da tributação — ou seja, será muito mais difícil receber compras da China sem um imposto, caso ele não seja um produto isento de cobranças.
No caso da Alibaba, é possível que a cobrança ocorra antecipadamente, no ato da compra, evitando surpresas desagradáveis ao consumidor. Vale lembrar ainda que, fora tudo isso, ainda há os R$ 12 de taxa extra.
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