Quem quiser comprar aparelhos eletrônicos no final deste ano vai encontrar produtos com preços mais altos do que aqueles que eram praticados até o final do primeiro semestre. Com a alta considerável no valor do dólar americano, produtos eletrônicos estão sofrendo com o acúmulo da inflação, que já chega aos 6,8% nos últimos 12 meses — segundo a Folha, no ano passado esse valor era de apenas 3%.
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Economistas ouvidos pelo jornal afirmam que não há previsão de melhoras no cenário desse mercado — ou seja, a inflação deve continuar subindo e fazendo com que os preços dos eletrônicos fique menos atrativo aos bolsos dos consumidores brasileiros. Estima-se que o valor de eletrônicos, como computadores, smartphones e tablets, tenha subido até 3% no mês de julho.
A Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee) prevê que, até o final deste ano, o Brasil terá déficit de US$ 35,5 bilhões no mercado de eletroeletrônicos. A Abinee prevê ainda que a desvalorização do Real pode estimular uma pequena modificação nesse cenário, fazendo com que as empresas brasileiras consigam melhores resultados do que vinha acontecendo até meses atrás.
Vale dizer que o aumento nos preços é visto não somente nos aparelhos importados, mas também nos que são fabricados no Brasil. O principal motivo para isso é o preço dos componentes de hardware, que são negociados em dólar americano e sofrem com a alta da moeda. Por essa razão, é bem provável que os aparelhos eletrônicos tenham menos sucesso do que se esperava para as vendas de Natal.