Muita coisa aconteceu durante a Brasil Game Show 2015, e um dos destaques do evento foi a presença de Phil Spencer, diretor-chefe geral da divisão Xbox e executivo da Microsoft.
Tivemos um papo longo com Spencer sobre o Xbox One, sua carreira e trajetória, pirataria, desenvolvedores brasileiros e o mercado de video games mundial.
Como nós já falamos muito de Phil Spencer por aqui, e o papo tá recheado de respostas crocantes dele, vamos direto para a entrevista, a que você pode assistir no vídeo acima ou conferir através da transcrição na íntegra aqui mesmo. Let’s bora!
Guilherme Sarda: Phil, primeiro de tudo, nós precisamos te agradecer pela entrevista. Nós perguntamos a alguns de nossos espectadores o que eles gostariam de ouvir de você, já que você tem uma longa história na Microsoft em vários projetos e, particularmente, eu acredito que sua trajetória inspira muitos jovens a trabalhar no mercado de tecnologia.
Como começou a sua carreira? O que você estudou e como tudo acabou tão conectado com os video games?
Phil Spencer: Eu entrei na Microsoft como programador. Eu vim direto da universidade. Comecei como estagiário, bem no comecinho. Então, para os jovens que estão na universidade, procurem oportunidades de estágio em empresas nas quais vocês estão interessados e que deem a vocês a oportunidade de experimentar muitas coisas e encontrem algo que seja a sua paixão verdadeira.
Isso aconteceu comigo na Microsoft. Entender tecnologia, entender matemática, acho que isso ajuda demais no ramo da tecnologia. Sabe, quando comecei na Microsoft eram menos de 4 mil funcionários e hoje esse número ultrapassa a casa dos 100 mil. Então, eu acho que tive muita sorte na minha carreira, porque eu acabei tendo muitas carreiras simplesmente porque eu vi como a Microsoft cresceu.
A oportunidade de me envolver com o Xbox desde o começo foi uma das coisas mais recompensadoras da minha trajetória. Meu trabalho atual é uma maneira fantástica de coroar toda essa história.
Gabriel Soto Bello: Bem, agora você está à frente do Xbox, e nós somos muito gratos por isso, então vamos falar um pouco sobre o Xbox One. O console teve decisões controversas no começo, muitos achavam que era um caminho errado, mas você surgiu e parece que limpou a situação transformando-a totalmente para os jogadores.
Quais das suas decisões você julga terem sido mais importantes para o Xbox One?
Phil Spencer: Bom, primeiro muito obrigado pelos elogios ao nosso trabalho. A primeira coisa que precisei fazer foi ter a certeza de que o time de Xbox acreditava no produto que eles estavam construindo, porque, veja só, eu, meio como líder do que o Xbox é, faço muito pouco. O trabalho real é dos estúdios e do time de plataforma e se eles não acreditarem que o trabalho que eles fazem tem um impacto, se eles não confiarem no produto que estão criando, não há nada que eu possa fazer como diretor rumo a algum progresso.
Então, logo no começo, eu precisei me conectar a eles, ter a certeza de que eles sabiam que eu os ouvia e que precisava deles e trazê-los ao ponto de acreditar no produto. E isso foi fácil, porque muitos dos profissionais nesses times estão trabalhando desde o começo com o Xbox.
Conforme você mesmo disse, precisávamos fazer com que os fãs acreditassem que estávamos trabalhando em um produto direto para os gamers. Os jogadores devem vir em primeiro lugar. Como eu era o diretor da Microsoft Studios, foi fácil focar nos jogos e agora, quando eu olho para nosso portfólio atual de jogos, fico incrivelmente orgulhoso.
Sarda: Ok, nós olhamos para o passado, mas você acredita que ainda veremos novas decisões que mudarão o cenário de maneira significativa para o Xbox One assim como as que tivemos com você?
Phil: Sim. Todo dia eu acredito que temos novas oportunidades, novos desafios e mais inovações.
Neste ano, lançamos o Windows 10. Como parte do time Xbox, nós realmente apoiamos jogar no PC. Talvez no passado nós tenhamos olhado para os jogos de PC como algo diferente dos consoles, mas eu sei que nossos melhores consumidores de Xbox também jogam no PC. Então eu pensei: que oportunidade incrível o Windows 10 para levarmos a experiência da Xbox Live para o PC conectado ao console.
Então, se eu estou no PC e você no Xbox, a gente pode conversar na mesma Party. Estamos fazendo mais jogos que permitam ser jogados em múltiplas plataformas – Fable terá isso, Gigantic terá isso, vocês verão mais jogos que permitirão a sua comunidade se conectar independente do console ou PC. Para nós no Xbox, eu penso em Xbox como a nossa marca para jogos. Nosso console é como as pessoas jogam na TV, mas nós realmente pensamos nos jogadores como um todo e em todos os lugares em que eles podem ser alcançados.
Sarda: Para sermos honestos, nós iríamos justamente perguntar sobre o que a Microsoft guarda para a galera PC Master Race, mas você também tocou no assunto de crossplay.
Quando a gente vê plataformas diferentes, como o PlayStation 4 e o Xbox One, por que o Crossplay entre plataformas rivais continua sendo um sonho tão distante e possível apenas em projetos específicos? O que acontece? É caro demais ou a situação de negociação é complicada? Será que um dia os jogadores poderão jogar juntos online mesmo tendo consoles que competem no mercado?
Phil: Essa é uma ótima pergunta e eu totalmente acredito em um futuro em que as pessoas poderão jogar juntas e continuarem conectadas independente do aparelho que elas estão usando.
Uma das coisas interessantes para nós na aquisição de Minecraft é que essa é uma comunidade tão grande através de múltiplos dispositivos: iOS, Android, Xbox, Windows, PlayStation... E eu quero conectar essas pessoas independente de por qual aparelho elas estão vindo. Eu sou um jogador de Minecraft: às vezes jogo no meu telefone, às vezes na TV, às vezes no computador, às vezes no meu PlayStation, e eu quero apenas continuar jogando Minecraft seja lá onde eu estiver.
É por isso que estamos investindo tanto na Xbox Live em múltiplos dispositivos e tentando alcançar a experiência correta, porque nem todos os jogos serão apropriados para Crossplay, alguns sim, outros não. Eu quero me certificar de que nós tenhamos um serviço que ofereça a experiência correta independente do seu dispositivo.
Gabriel: Falando de alguns ambientes específicos, nós sabemos que MOBAs como League Of Legends e outros são gigantes. Vocês conseguiram o SMITE para o Xbox One e foi um grande sucesso. Você acredita que é possível trazer essa experiência competitiva tão bem-sucedida dos MOBAs para os consoles? É algo com que podemos sonhar?
Phil: É, eu acredito que os MOBAs como um gênero são muito interessantes. Nesse sistema online de batalha em arena de múltiplos jogadores, como gênero, eu acho que aprendemos muito, porque os jogos estão sempre se reinventando, encontrando coisas novas, e você pode olhar para um MOBA e identificar de onde eles tiraram suas inspirações.
Eu acredito que alguns gêneros sempre se darão bem no PC, porque o mercado do PC é gigante, são milhões de dispositivos Windows no mercado. Então, eu acho que alguns jogos gratuitos sempre se darão muito bem e eu acredito que sem dúvida alguma podemos aprender muito no console com algumas das coisas que os MOBAs fizeram.
Você olha para o Gigantic tentando, SMITE, Fable com um pouco disso também e acho que vamos ver cada vez mais um pouco disso porque os jogadores gostam desses jogos. Eu não estou tentando tirar o LOL e levar para o console, o jogo foi feito para teclado e mouse, qualquer um que já o jogou sabe disso, é assim que se joga LOL, mas, como visão criativa para um estúdio começando algo novo, acho que o que vimos nos MOBAs oferece muitas oportunidades para os consoles.
Sarda: Realidade virtual e aumentada são os tópicos do momento agora, ao ponto de que estamos quase vivendo o futuro dos anos 80, mas, quando nós olhamos para esses produtos, gostaríamos de saber sua opinião. Você acha que viveremos em uma realidade em que essas tecnologias serão o principal tipo de entretenimento eletrônico ou a realidade aumentada e virtual sempre serão experiências de nicho, experiências específicas, quase como o que tínhamos nos arcades apenas fora de casa e em experiências diferentes?
Você tem uma visão de futuro em que o padrão dos consoles serão essas tecnologias de realidade virtual ou elas sempre serão uma realidade separada do console tradicional?
Phil: Eu acho que veremos avanços dessas tecnologias em quase tudo que fazemos na computação, incluindo jogar video games. Mas eu ainda acho que existirá lugar para nós todos sentarmos num sofá, com controles nas mãos, curtindo uma pizza, curtindo o momento e isso faz parte de jogar, parte da diversão, mas a ideia de transportar alguém para um mundo virtual através da VR, creio que existem muitas oportunidades aí.
O trabalho que estamos fazendo com o HoloLens, em que misturamos a realidade aumentada com o mundo real criando experiências que misturam a realidade virtual, é fantástico. Como disse antes, eu amo estar em uma indústria que lidera a inovação, nós fomos a primeira indústria a abraçar 3D, inteligência artificial, física simulada.
E agora, com a realidade virtual, os jogadores tem um apetite tão forte por inovação que quando damos algo novo a eles, eles vão experimentar e vão te dar feedback. Rapaz, como eles dão feedback, hein? Eles vão te dar feedback sobre o que funciona e o que não funciona; e isso é ótimo para nós. Eu adoro o trabalho que a Sony está fazendo com o PlayStation VR, a Valve está fazendo um trabalho ótimo com a Oculus também, e nós temos muito o que aprender ainda com o HoloLens.
Talvez algumas pessoas não percebam isso, mas todas as pessoas dessas diferentes empresas falam entre si o tempo todo, porque nós estamos todos no começo do aprendizado e agora não é o momento para nós começarmos a competir entre nós porque estamos no começo, nós queremos aumentar o mercado. Você mesmo perguntou quão grande esse mercado pode ficar e eu acho que o mercado pode ficar tão grande quanto nós conseguirmos com nossa criatividade e com a busca de impressionar o consumidor que conseguimos conquistar. É nisso que todos nós estamos concentrados agora.
Gabriel: Ok, falando sobre mercados agora, vamos comentar outro: o Brasil. Estamos aqui e então queremos saber sobre o Brasil. Nossa economia não está tão boa agora, os preços estão lá em cima e está difícil ser um jogador aqui. Nós sabemos que a Microsoft tem um imenso suporte no Brasil, mas recentemente tivemos um aumento significativo no preço do Xbox One. Nós sabemos que não é algo que depende somente da Microsoft, mas o que a empresa pode fazer para beneficiar os jogadores aqui no Brasil? O que vocês podem fazer dentro de seus limites?
Phil: Nós estamos comprometidos a trazer um console o mais acessível possível para o Brasil, quero fazer do Xbox One algo que seja apropriado para todas as famílias, para que elas olhem para ele e pensem em algo acessível, algo que pode ser comprado para a casa. Você comentou dos problemas com a moeda e isso criou problemas para nós também, e nós lutamos contra isso por um bom tempo e dissemos: vamos segurar isso pelo máximo de tempo que conseguirmos.
Os jogos ficaram em um preço por um bom tempo, tentamos manter isso. Porém, eu acho que essas coisas são temporárias. Você sabe disso, nós estamos no Brasil com o Xbox há um bom tempo. Temos fabricação local, o 360 vai super bem aqui, o suporte ao Xbox One está sendo fantástico. Então, a economia dos países sobe e desce, o dólar está muito forte aqui, o que cria alguns problemas. No entanto, vejo isso como uma questão de meses, anos, mas não coisas a longo prazo.
O que eu vejo como algo a longo prazo no Brasil é um país que sediou a Copa do Mundo, está se preparando pra sediar as Olimpíadas, tem uma das maiores feiras de games no planeta, com a Brasil Game Show, e uma enorme base de fãs e gamers apaixonados que querem jogar e em nome do Xbox. Nós nos inspiramos com isso, por isso eu estou aqui, por isso temos este estande. Nós viemos até aqui, tivemos nosso evento para a imprensa ontem à noite e a reação dos fãs foi tocante. Vimos pessoas que são apaixonadas pelo trabalho que fazemos e imediatamente eu mandei um email para minha equipe, dizendo: "Caras, vocês têm de vir até aqui, é fantástico!".
Vocês deveriam estar orgulhosos do papel que o Brasil tem não só nos jogos, mas do papel geral que vocês estão desempenhando agora, e algo que quero comentar rapidamente que me deixou muito feliz ontem à noite foi a questão dos desenvolvedores locais. Eu vi desenvolvedores independentes do Brasil e percebi que você pode imaginar alguns anos pra frente e realmente enxergar o Brasil se tornando uma potência no desenvolvimento de jogos, não só como jogadores.
Vocês têm ótimas universidades, vocês têm uma paixão e uma cultura sustentanda pela arte e pela criatividade, eu vejo que isso pode se tornar uma parte muito importante para a economia do país. Suas universidades são ótimas em formar alunos que conhecem matemática, conhecem computação. Continuem investindo nisto, pois a longo termo haverá retorno.
Sarda: Quando você mencionou desenvolvedores independentes, especialmente desenvolvedores do Brasil, com o projeto ID@Xbox você tem a chance de ver desenvolvedores de todas as partes do mundo. Você pode ver as diferenças culturais nesses jogos? Quando você vê pessoas trabalhando de varios paises diferentes, seus projetos têm um gostinho diferente, só por serem de diferentes culturas ou você vê um padrão geral no desenvolvimento de games que acaba impedindo isso?
Com a ID@Xbox você consegue ver a diferença quando olha para um jogo que é da Turquia, ou do Brasil ou do Peru, não importa: você consegue ver que há algo diferente no desenvolvimento de jogos simplesmente pelo passado do desenvolvedor?
Gabriel: Só uma observação rápida. É como: todo mundo joga futebol, mas o futebol brasileiro é o futebol brasileiro, é diferente.
Phil: Sim, ótima pergunta. Eu diria duas coisas. Uma é que na história de cada região existe algum jogo ou estilo que foi mais popular, então algumas regiões cresceram jogando jogos específicos. Você tem mercados onde todo mundo cresceu jogando Nintendo, aí em outro mercado as pessoas cresceram no PC. O que eu vejo quando olho para os desenvolvedores brasileiros é que são desenvolvedores que cresceram jogando em consoles, quando você vê seus jogos eles têm um estilo de jogo de console e que ainda assim funcionarão no PC.
Todavia, definitivamente, quando eu vejo um jogo, eu consigo ter um feeling da história do desenvolvedor, quais jogos ele jogou enquanto crescia, quais jogos o influenciaram, e aí você vê como eles são como pessoas e isso se reflete nos jogos que eles criaram. É por isso que tendo tantos jogos de tantos lugares diferentes vivendo juntos em uma mesma plataforma, eu encorajo as pessoas a jogarem jogos brasileiros. Existem muitos jogos bons em tantos lugares diferentes do planeta que eles te dão um pouco do feeling de quem eles são e o que os motiva. Isso é uma parte incrível da nossa indústria.
Sarda: Queremos tocar em um tópico delicado aqui. Ok, levando em conta que a pirataria é inegavelmente ruim para a indústria, mas quando vemos países como a Espanha, China, México e o Brasil, que em vários últimos relatórios possuem uma alta taxa de pirataria, muitos jogadores, e nós vemos isso em nossos espectadores, muitos jogadores começaram a jogar em uma realidade em que eles só podiam começar a jogar através de software pirata e através da história de suas vidas eles chegaram a um ponto em que agora eles são defensores vorazes de softwares originais.
Como vocês veem a pirataria nessas situações? Eu não quero entrar aqui no questionamento da atitude dessas pessoas, mas nós vemos que existe uma história de relacionamento dos games com a pirataria para essas pessoas, e isso as inspirou. Como vocês veem a pirataria nessa situação?
Phil: Pirataria é um termo que encobre muitas coisas e acho que o que você está falando é sobre pessoas que querem começar a jogar, querem curtir os jogos, mas não têm como pagar por terem uma situação financeira complicada. Como uma indústria, acho que é importante que criemos oportunidades para que essas pessoas possam experimentar o que os video games são. É uma das coisas incríveis de jogos free to play: eles permitem que as pessoas possam sentir o que os jogos são sem precisar pagar para descobrir o que tá rolando. Apoio bastante essas iniciativas.
Mas eu vejo problemas quando as pessoas pirateiam os jogos e aí os vendem, aí é uma questão diferente. Porque claro, a saúde do nosso negócio é a saúde do desenvolvedor que cria conteúdo, o Xbox não faz nada se ninguém criar jogos para ele, então, quando eu penso no desenvolvedor, eles gastam todo seu tempo criando um jogo e eu quero que eles construam grandes negócios sobre esses jogos.
Como um proprietário de plataforma, nós temos versões de testes, demonstrações, jogos free to play, diminuição de preços, e é por iniciativas como essa que o mercado mobile e de PC está tão grande, porque, como você mesmo falou, algumas dessas pessoas que podem ter aprendido a jogar com Candy Crush podem se transformar no seu maior consumidor depois de um tempo e nós precisamos encorajar isso.
TecMundo Games: Nossa última... a gente tinha mais algumas, mas queremos ser gentis.
Phil: Sou grato por isso.
Gabriel: Por que agora é a hora de ser um fã brasileiro de Xbox?
Phil: É, uma das coisas que a gente não falou muito é sobre o sucesso que o Xbox 360 tem aqui. E eu penso em Xbox levando em conta todos nossos consumidores, esteja você jogando os games da Xbox Live no Windows, jogando no 360, jogando no Xbox original ou no Xbox One, eu penso em você como um cliente da marca Xbox.
E o que eu posso dizer sobre o time do Xbox? Nós estamos muito motivados para construir a melhor experiência em video games que pudermos. Não há duvidas sobre nossa motivação ou objetivo: queremos construir uma plataforma que seja para os jogadores e pensando nos jogadores, dando apoio a desenvolvedores, criando grandes experiências e, obviamente, nós temos que manter um bom negócio, isso faz parte de qualquer negócio.
Mas nós somos gamers, nós usamos o nosso produto, nós ouvimos vocês, o feedback que estamos recebendo, pelos nossos fóruns oficiais, pelo Twitter, e por outros meios foi essencial para que nós construíssemos nosso produto enquanto avançamos. Então, essa relação, se você se tornar um consumidor da marca Xbox ou se já for um, nós ouvimos quando você fala com a gente, nós escutamos.
Coisas como retrocompatibilidade, que foi o recurso mais pedido e nós não sabíamos se conseguiríamos fazer, mas dissemos: os consumidores querem, então vamos tentar. E existem muitas coisas que os consumidores pedem e nós analisamos tudo e realmente tentamos criar um produto que é para os jogadores, mas, primeiro, mesmo que você não se torne um gamer do Xbox, estar no meio dos games, na indústria, ser um gamer, jogar jogos com seus filhos, se divertindo com os jogos e com o que eles são: comece aí.
Eu acho que nós temos um grande plataforma para os jogadores, mas eu acho é fantástico — eu amo ver todas as crianças aqui na Brasil Game Show com seus pais, os empurrando só com sorrisos. Isso é o que importa. Nós não podemos perder a noção de que jogar significa se divertir, sabe? Existe a competição e mais um monte de coisas, mas a base é criar entretenimento, entretenimento que faz as pessoas sorrirem, as faz felizes, as faz sentir que conquistaram algo, isso representa o coração desta indústria e nós queremos abraçar tudo isso com o time Xbox.
Gabriel: Eu só quero dizer que eu estou agradecido por você estar na indústria de games. Isso não é bom só para a marca Xbox, mas para toda a indústria. Nós precisamos de mais Phil Spencers em outros lugares dos games. Isso vem do fundo do meu coração. Obrigado mais uma vez.
Sarda: Obrigado por sua perspectiva sobre a indústria e por essa entrevista.
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