Ao que parece, o mais novo projeto de compartilhamento de automóveis da BMW tem se mostrado um belo de um sucesso na terra do Tio Sam. Inaugurado há cerca de sete meses, o ReachNow permite que seus usuários utilizem um aplicativo mobile – disponível para Android e iOS – para “alugar” temporariamente um carro, pagando por minuto até que ele seja devolvido em um dos pontos cadastrados do serviço. O detalhe? A montadora já tinha tentado fazer algo semelhante muito recentemente falhou miseravelmente. O que aconteceu de lá para cá, hein?
Tudo indica que, com a empreitada anterior, a fabricante alemã teve a ideia certa, no momento certo e até no formato certo. Porém, pequenos detalhes na implementação colocaram em risco boa parte da grana e do suor investido no DriveNow – que, por mais incrível que pareça, segue em funcionamento em algumas regiões pelo mundo, como na Alemanha. O novo ReachNow, então, parece se inspirar no seu antecessor para praticamente todos os seus recursos, com o diferencial de fazer o ajuste fino para que o negócio possa ir para frente.
Basta reservar o carro pelo aplicativo
A frota de automóveis selecionada para a brincadeira é bem atrativa
A frota de automóveis selecionada para a brincadeira, por exemplo, é bem atrativa e não deixa ninguém com vergonha de sair por aí com a “lata velha” dos outros: BMWs i3, sedãs Série 3 e, claro, uma boa quantidade de Minis. O fato de o serviço mais recente trabalhar com modelos movidos à gasolina em vez de se apoiar apenas em possantes 100% elétricos – como na tentativa anterior –, acaba ampliando a oferta de unidades, uma vez que cada veículo na rede é disponibilizado por outros usuários da plataforma que estão com o carrão em estado ocioso.
Mas será só isso? Claro que não!
O grande fator que anda levando o ReachNow ao sucesso, no entanto, é a sua capacidade de adequação às leis de trânsito de diversas cidades norte-americanas. Enquanto com o DriveNow o consumidor podia deixar o carro em praticamente qualquer ponto da região depois de usá-lo, o novo projeto obrigado o cliente a dirigir até uma unidade do serviço ou estacionar o automóvel de volta no lugar em que ele foi retirado inicialmente. Pode parecer algo simples, mas, na prática, faz toda a diferença.
Ao trocar São Francisco por Seattle como território inicial de testes da plataforma de compartilhamento, a BMW também conseguiu ganhar espaços dedicados nas ruas para que os veículos possam ser estacionados livremente – com o consentimento da prefeitura. Isso acontece porque uma cidade tem regras mais amistosas do que a outra no que diz respeito ao apoio a esse tipo de empreitada.
Steven Barfield, CEO do ReachNow, por exemplo, reconhece que esse foi um belo aprendizado – um que qualquer empresa disposta a investir no setor deve ter antes de colocar suas engrenagens em movimento. “A certeza em relação à regulamentação é essencial”, garantiu o executivo em entrevista ao site Jalopnik, dizendo que, por enquanto, o programa só pode ser expandido para locais em que eles sabem que podem ter essa certeza. “Não vou colocar 500 carros nas ruas de Seattle e esperar eles serem guinchados”, completou.
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