A BLU, empresa norte-americana fundada pelo brasileiro Samuel Ohev-Zion, está enfrentando uma ação conjunta nos Estados Unidos por vender smartphones Android com um software-espião pré-instalado. Como noticiado anteriormente pelo TecMundo, alguns celulares comercializados pela marca continham um backdoor que enviava informações diversas de seus usuários para os servidores de uma empresa chinesa chamada AdUps.
O Rosen Legal, escritório de advocacia responsável por abrir o processo, tem recebido críticas da BLU. De acordo com Carmen Gonzalez, diretor sênior de marketing da companhia, afirmou que “ninguém foi afetado pelo backdoor” e que a empresa “não fez nada de errado que justifique uma ação conjunta” contra ele. Por outro lado, os consumidores estão preocupados sobre quais dados foram vazados para o servidor chinês.
“A BLU Products admitiu que o spyware coleteu dados pessoais de forma não-autorizada na forma de mensagens de texto, histórico de chamadas e agenda de contatos dos usuários. Esses dados foram coletados e enviados para servidores localizados na China. O spyware, um software desenvolvido pela Companhia de Tecnologia Shanghai AdUps, foi instalado nos celulares afetados sem o consentimento dos consumidores”, explica a Rosen Legal.
Cerca de 120 mil foram afetados
A BLU afirma que desconhecia a existência do malware e que os dados coletados já foram destruídos pela AdUps, que, na teoria, utilizaria tais informações para melhorar sua tecnologia de anúncios direcionados. Estima-se que ao menos 120 mil smartphones foram afetados pelo backdoor, engoblando os modelos R1 HD, Energy X Plus 2, Studio Touch, Advance 4.0 L2, Neo XL e Energy Diamond.
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