Quando se fala em criptomoedas, é normal que a principal referência sejam as Bitcoins, principal nome desse mercado. No entanto, há diversos concorrentes de peso nesse segmento, sendo o principal deles o Ethereum, cujo valor de revenda cresceu em mais de 5.000 % desde o início de 2017.
Em janeiro deste ano, uma única unidade da moeda valia aproximadamente US$ 7,98, valor que ultrapassou US$ 407,10 no dia 12 deste mês. Segundo Pavel Matveev, cofundador do Wirex, aplicativo que serve como carteira e cartão de débito para criptomoedas, esse aumento é explicado pelo sucesso do Bitcoin.
“O grande interesse na bitcoin realmente aumenta o apetite de investidores por criptomoedas alternativas nas quais também se vê um ganho superior”, afirmou Matveev à CNBC. “Há alguma correlação entre as criptomoedas nesse sentido, mas também há uma demanda única para o Ethereum por seus próprios méritos. Eles não estão competindo, e na verdade servem a diferentes necessidades”.
O que é o Ethereum?
Ethereum é o nome da blockchain que controla as operações relacionadas à moeda virtual, que também é conhecida pelo mesmo nome. A tecnologia foi criada para controlar “aplicações de contratos inteligentes”, que executam ações pré-determinadas assim que uma condição é comprida.
A moeda foi inventada por Vitalki Buterin, um engenheiro de computação canadense que nasceu na Rússia e iniciou o projeto em 2013, após ter certa experiência com o Bitcoin. A criptomoeda se tornou uma realidade graças a um projeto de financiamento coletivo, levantando US$ 18 milhões durante o processo.
O Ethereum ainda está em seus dias iniciais de funcionamento, sendo que o desenvolvimento é comandado por Buterin, que tem a sua disposição um time de programadores dedicados. O futuro da criptomoeda é discutido através de uma comunidade bastante ativa, embora o criador ainda exerça certo controle sobre ela — algo que ele pretende mudar em um futuro próximo.
A vantagem do Ethereum em relação ao Bitcoin é o fato de que ele não funciona somente como um método de pagamento, possibilitando a programação de qualquer tipo de tarefa imaginável. Atualmente, a rede está servindo como base para projetos de distribuição de energia, publicidade digital e lojas digitais que oferecem o poder de computação não utilizado por máquinas, entre outros tipos de oferta.