Imagine poder mudar a cor de seu celular sem ter de comprar capinha alguma. E mais: que tal controlar os tons por meio de um app para smartphone? Pois se depender dos vislumbres dos pesquisadores da Universidade de Santa Barbara, na Califórnia (EUA), carcaças sensíveis à luz poderão passar a ser comuns em produtos do cotidiano.
É que os cientistas descobriram a forma como um tipo de lula (Doryteuthis opalescens) altera a cor de sua pele: o molusco manipula sequências determinadas de proteínas e, então, estimula seu tecido sensível à luz – composto por reflectinas, em pilhas de placas refletoras.
“A descoberta revela a sutileza e o poder que as cadeiras de proteínas têm para gerar cores de tal beleza que nos faz lembrar as pinturas vivas de Monet”, diz Daniel Morse, professor do Departamento de Desenvolvimento Molecular e de Biologia Celular (UCSB) da universidade norte-americana.
Na imagem, a dinâmica dos iridócitos. As manchas escuras são as áreas cheias de cromatóforos.
O desenvolvimento de métodos de controle sobre as sequências de proteínas pode criar novos horizontes a produtos fotossensíveis. “Nosso trabalho sobre os mecanismos celulares de reflexão de luz das lulas pode nos ajudar a refinar a criação experimental de estruturas fotônicas baseadas em reflectinas”, explicou Daniel DeMartini, outro dos responsáveis pelo estudo. O documento que detalha a forma de atuação das cadeias de proteínas pode ser conferido na integra aqui, em inglês.
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