A famosa empresa francesa de produtos de cuidado com a pele L’Oréal firmou uma parceria de pesquisa com uma das atuais líderes na impressão 3D de tecidos de órgãos humanos, a Organovo. Como parte do acordo, ambas as companhias vão contribuir liberando suas tecnologias de ponta para possibilitar o desenvolvimento de tecidos epidérmicos impressos e outros produtos.
Enquanto a L’Oréal vai fornecer suas informações e tecnologias a respeito das células da pele, a Organovo ficará responsável pelo desenvolvimento dos modelos tridimensionais do material e por sua fabricação na sua bioimpressora, a NovoGen. O projeto será constituído de três fases, incluindo desenvolvimento, validação e fornecimento comercial, e a empresa francesa decidirá se segue com a parceria ao término de cada uma dessas etapas.
Até os animais saem ganhando
Como resultado da negociação, cujos termos financeiros foram mantidos em segredo, a L’Oréal vai fornecer os fundos iniciais de pesquisa e terá direitos exclusivos ao tecido epidérmico que for criado. Esse material poderá ser usado para o desenvolvimento, teste, fabricação, avaliação e venda de produtos de cuidado da pele que não tenham necessidade de prescrição médica.
A Organovo, por outro lado, terá direito a usar os modelos criados para testes de eficácia de drogas prescritas, exames de toxicidade e para o desenvolvimento e teste de tecidos terapêuticos ou cirurgicamente transplantados. Ao final da última fase do projeto, ambas as empresas vão negociar as regras de um novo sistema comercial exclusivo de fornecimento, incluindo termos de licenciamento e de royalties.
Atualmente, a L’Oréal afirma ter eliminado todos os testes em animais para os seus produtos e quaisquer de seus ingredientes em todos os países. Há, contudo, uma exceção para essa regra quando autoridades regulatórias exigirem que tais exames sejam feitos para que o produto possa ler levado ás lojas. Caso a impressão 3D de pele dê certo, isso pode significar um fim definitivo dos maus tratos a animais em laboratórios.
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