(Fonte da imagem: Reprodução/InovacaoTecnologica)
Em 2011, uma equipe de cientistas do Instituto de Tecnologia da Califórnia, nos Estados Unidos, conseguiu programar células de DNA para realizar cálculos operacionais, de maneira parecida com o que acontece dentro de computadores. No entanto, este método só tinha obtido sucesso dentro de tubos de ensaio.
Contudo, dois cientistas da Universidade da Carolina do Norte, chamados James Hemphill e Alexander Deiters, conseguiram levar a Computação de DNA para outro patamar — e estamos falando de trabalhos realizados dentro de células vivas de mamíferos, sem a necessidade de sacrificar o animal ou de levar o material para fora do organismo.
Dessa maneira, eles conseguiram programar as células para que elas reagissem a determinadas entradas biológicas — neste caso, são dois microRNAs específicos, que fazem parte do material genético que compõem o DNA. Toda vez que esses elementos “apareciam”, o circuito todo liberava uma molécula fluorescente.
Tá, mas e isso é importante?
Apesar de essa pesquisa parecer pequena e os resultados serem lentos, ela mostra que é possível operar com a Computação de DNA em mamíferos vivos de maneira eficaz, sendo que isso inclui seres humanos. Portanto, as portas para que novos tipos de tratamentos e diagnósticos de doenças sérias sejam criados estão abertas.
Por conta disso, espera-se que uma maneira realmente eficiente de tratar e identificar o câncer, por exemplo, surjam. Uma possibilidade é a de que o resultado da pesquisa de Hemphill e Deiters seja modificado para que o marcador fluorescente identifique células cancerígenas, com o anexo de tratamento específico nessas áreas.
Contudo, as possibilidades não se restringem a isso. Tudo o que sabemos é que essa área de atuação da computação está apenas no início — ou seja, somos obrigados a esperar para saber tudo o que pode ser feito dentro das nossas moléculas.
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