Entre outras coisas, a Suécia é conhecida pelos biohackers, grupo de pessoas que realizam implantes tecnológicos em seus próprios corpos, como em histórias de ficção científica. Pensando nesse público, a companhia de trem estatal SJ passou a receber pagamentos via chips implantados sob a pele. Tal qual em um dispositivo de NFC convencional, o cobrador passa e lê o chip com um smartphone.
Atualmente, estima-se que a Suécia tenha 2 mil biohackers, e a SJ espera que ao menos 10% desse montante comecem a utilizar o novo serviço. Disponível desde o início do mês de junho, o sistema vem funcionando sem grandes problemas até agora, salvo por alguma desconfiança por parte dos usuários.
“Algumas pessoas ficam confusas e pensam que podem ser rastreadas por meio do microchip, mas se isso é algo que os preocupa, eles deveriam ficar mais atentos ao uso do telefone celular ou do cartão de crédito”, comentou um representante da SJ ao site Independent. “Você já pode ser rastreado de várias maneiras que não pelo microchip.”
Apesar da desconfiança quanto à privacidade, a expectativa é de que 200 biohackers utilizem o novo sistema
Ainda segundo a companhia de trem, a novidade foi desenvolvida para atender a uma demanda dos próprios usuários e ajuda também a poupar tempo de seus funcionários — escanear a mão é mais rápido do que fazer o mesmo com o cartão transporte, que ainda pode ser usado para pagar viagens de trem no país europeu.
Apesar do aspecto um tanto quanto bizarro do método, ele parece uma evolução natural na Suécia, país onde apenas 2% das transações financeiras são realizadas com dinheiro em espécie. A projeção do Banco Central sueco é de que o dinheiro de papel seja extinto do país até 2030.
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