(Fonte da imagem: Reprodução/University of North Texas)
Um grupo de cientistas do Reino Unido provou algo que muita gente já sabia: olhando de perto, todo mundo tem seus defeitos. Mas a razão para isso, como é de se esperar, tem um embasamento bastante técnico. Um artigo publicado recentemente no Jornal Americano de Genética Humana mostrou que uma pessoa comum tem cerca de 400 defeitos em seus genes, sendo que alguns deles estão associados a alguma doença.
O número impressiona porque anteriormente acreditava-se que, em pessoas saudáveis, não passavam de 100 os genes mutantes e associados a doenças sérias, ou seja, quatro vezes menos do que os estudos atuais demonstram. Entretanto, nada de pânico, pessoal: por mais que o número pareça expressivo, essa é uma porção muito pequena do DNA humano.
Não há motivos para se preocupar
O pesquisador Chris Tyler-Smith, do Wellcome Trust Sanger Institute, em Cambridge, disse ser uma surpresa o fato de que pessoas saudáveis possuam tantas mutações. Porém, investigações mais profundas mostraram que esses genes normalmente correspondem a uma mutação mais amena ou indicam certa probabilidade de desenvolver uma doença. Em outras palavras, esses genes mutantes não afetam a vida, imediatamente, de quem os possui.
O geneticista da Universidade de Harvard, Robert Green, teme que o estudo possa despertar medo desnecessário e, por isso, reforça algo muito importante: o simples fato de ter uma mutação em genes que podem desencadear doenças não significa que a pessoa sofra ou sofrerá daquele mal. O que a pesquisa diz é que, no fundo, ninguém é perfeito.
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