(Fonte da imagem: Reprodução/Wikimedia Commons)
Todos os anos, cerca de cinco pessoas morrem – e muitas outras são internadas – por causa do veneno de um dos peixes mais controversos da culinária mundial: o baiacu (ou Fugu, aquele mesmo que pode se inflar para espantar os inimigos). As mortes acontecem porque o peixe (considerado o segundo vertebrado mais venenoso do mundo) pode liberar Tetrodotoxina (uma neurotoxina 1.200 vezes mais mortal que o cianeto).
A substância não é fabricada pelos baiacus, mas por bactérias que ficam alojadas nos peixes. E elas podem ser espalhadas por todo o corpo do animal – desde as escamas até o fígado. O veneno encontrado em um deles pode ser o suficiente para matar 30 pessoas. Segundo o io9, mesmo com toda essa força, a morte causada pela Tetrodotoxina não é indolor, apesar de ser rápida.
Nos primeiros instantes, lábios e dedos começam a amortecer e apresentar espasmos (nesse ponto, ainda existe tempo de chegar ao hospital para um internamento emergencial). Depois começa a fraqueza muscular e surtos de diarreia e vômito até que os espasmos começam a ser percebidos também nos pulmões. Muitas vítimas sofrem parada respiratória enquanto ainda estão conscientes. A morte vem logo em seguida.
Há casos também de "zumbificação" das vítimas. A Tetrodotoxina pode encontrar em sintonia com outras neurotoxinas e fazer com que o corpo seja completamente paralisado, fazendo com que a pessoa apenas pareça morta. Depois as funções cerebrais voluntárias são retiradas e a pessoa torna-se um cadáver que pode se mexer, mas não sabe o que está fazendo.
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