Algumas pessoas não sabem, mas Bill e Melinda Gates (o ex-CEO da Microsoft e sua esposa) mantêm uma das maiores instituições de filantropia do mundo. Entre os principais objetivos da fundação está o combate às doenças e à miséria na África. Pensando em reduzir o número de contaminações por fezes – que ocorrem em larga escala –, Gates criou um concurso que premiaria os inventores de banheiros mais ecológicos – demandando menos água e evitando contaminações.
O grande objetivo desta ação era encontrar formas de otimizar o consumo de água utilizado no processo (em regiões pobres da África e em outros países com menor taxa de desenvolvimento), ao mesmo tempo em que eliminasse as chances de contaminação por dejetos humanos. E vários modelos apresentados por universidades mostraram bons resultados, sendo que o principal deles é um da Caltech (Estados Unidos).
Como funciona a privada da Caltech?
O projeto vencedor utiliza o seguinte sistema: os materiais sólidos são levados ao fundo das estruturas e os líquidos são armazenados até a chegada de um nível pré-definido. Quando isso acontece, um reator eletroquímico utiliza energia solar e realiza uma reação, que oxida o cloreto da urina e elimina os micro-organismos.
A água tratada pelo sistema é reaproveitada na mesma privada, sendo jogada junto com desinfetantes na próxima descarga. A parte sólida do processo é transformada em gás propano, que pode até mesmo ser utilizado para cozinhar. Pela ideia revolucionária, os cientistas da Caltech conseguiram um prêmio de 100 mil dólares.
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