Há mais de uma década, a divisão é bem clara: baterias de hidreto metálico de níquel são utilizadas apenas em carros híbridos – ao menos aqueles da Toyota, que utilizaram tudo o que tinham direito da bateria mais do que qualquer outra montadora.
As células de íon de lítio, por sua vez, são as únicas com densidade de energia suficiente para uma utilização em larga escala, sendo adotadas em laptops, smartphones, tablets e afins. Isso tudo por mais de uma década, como já mencionamos. Chegou a hora de dar um passo adiante, certo?
Os pesquisadores já estão de olho em formas de potencializar radicalmente a densidade de energia das células de hidreto metálico de níquel, e isso pode mudar a equação da coisa toda substancialmente.
Em um recente artigo publicado no Technology Review, o autor Kevin Bullis, da BASF, brincou com o prospecto dessas células serem 10 vezes mais eficientes do que a atual densidade de energia, tornando as baterias práticas para uso em carros plug-in de todos os tipos. Com isso, a meta é reduzir drasticamente o custo do quilowatt por hora para menos de US$ 150.
A pesquisa da BASF se concentra em alterações à microestrutura do eletrodo de metal de níquel, tornando-o mais durável e, consequentemente, exigindo menos carga para a mesma produção de energia.
Os pesquisadores da companhia já chegaram a produzir células de hidreto metálico de níquel com o dobro da densidade de energia das células atuais, alcançando um patamar de 140 watts por hora e por quilograma. Isso representa menos de 230 watts por hora em comparação às melhores células de Li-ion atuais.
A equipe planeja manter esse ritmo progressivo na pesquisa para potencializar a densidade de energia em seus experimentos e atingir um patamar em que a densidade tenha 10 vezes mais eficiência do que a força das atuais baterias de hidreto metálico de níquel. Essa é a meta final.
Os carros, segundo o artigo, seriam os mais beneficiados com essas mudanças, com uma escala considerável de economia.
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