As baterias de íon-lítio que alimentam eletrônicos de todos os tamanhos ainda não estão exatamente com os dias contados, mas pesquisadores da Universidade de Utah afirmam que descobriram um substituto à altura.
A novidade é uma célula-combustível que opera em temperatua ambiente e, em vez de hidrogênio, utiliza como substância básica o Jet Propellant-8 (JP-8), um líquido usado para alimentar jatos militares nos Estados Unidos que encaram missões em temperaturas extremas. Mas será que isso é realmente seguro e funcional?
Um pouco de Química
Isso porque as possibilidades de que o processo dê errado são várias. De acordo com os pesquisadores, células-combustível operam convertendo a substância em si em eletricidade com base em um processo químico envolvendo uma fonte rica em oxigênio. Além disso, o JP-8 é baseado em querosene e contém altas quantidades de enxofre, que é um resíduo que diminui o aproveitamento total do material e impede o uso de catalisadores.
É aqui que a novidade entra. A célula-combustível desenvolvida possui um par de enzimas como catalisadoras, acelerando o processo de conversão em energia, permitindo que ela ocorra em temperatura ambiente e "ignorando" a presença do enxofre, obtendo um aproveitamento do combustível maior do que o caso dos jatos militares.
Carros, gadgets e outros dispositivos devem ser beneficiados pela tecnologia, que ainda está em fase inicial de testes. Ainda não se sabe nem mesmo se a tecnologia será bem recebida: vale lembrar que, apesar de instável e perigoso, o hidrogênio é o componente mais comum em células-combustível justamente pelo fator ambiental — e trocá-lo por um poluente derivado do petróleo pode não ser a melhor das ideias.
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