Que atire a primeira pedra quem nunca tirou um aparelho do carregador antes que a carga da bateria estivesse completa! Pois essa história pode ter um final diferente agora. A The Pacific Northwest National Laboratory, em parceria com uma empresa privada, está trabalhando no desenvolvimento de um novo tipo de bateria que promete carregar em apenas alguns minutos.
O segredo de tal proeza está no uso do Vor-x, um material de grafeno inventado na Universidade de Princeton. Os pesquisadores descobriram que adicionando pequenas quantidades de grafeno a baterias de íon lítio é possível melhorar seu poder e acelerar a velocidade de recarga sem alterar a alta capacidade de carga.
Falando um pouco do grafeno
O grafeno foi oficialmente considerado o material mais forte que o homem já conseguiu medir e chega a ser cerca de 200 vezes mais forte do que o aço estrutural. Trata-se de uma folha de carbono com apenas um átomo de espessura, com uma estrutura hexagonal de átomos de carbonos (bem parecido com um favo de mel em uma colmeia).
A Verbeck Materials foi a primeira companhia a comercializar produtos feitos de grafeno, como a tinta a base desse material, utilizada em pinturas automotivas. Além disso, a descoberta do grafeno permitiu a criação no menor transistor do mundo. Agora é a vez das baterias.
Como a nova bateria vai funcionar?
Uma bateria íon lítio comum funciona basicamente transferindo íons de lítio entre os cátodos (positivo) e os ânodos (negativo) utilizando eletrólitos líquidos. Calma, apesar de os termos serem um pouco complicados, seu funcionamento é simples.
Se você não se lembra das aulas de química, um cátodo é uma substância metálica que possui propriedades bem semelhantes às ligas, dentre as quais está a alta condutividade. Em uma pilha, por exemplo, os elétrons saem do ânodo, polo negativo, e entram no cátodo, polo positivo.
Uma maneira de tornar as baterias de Li-ion melhores do que são hoje é justamente fazendo com que os cátodos sejam capazes de transferir mais íons. Além de possibilitar maior carga nas baterias, isso tornaria o processo de recarga bem mais rápido.
É justamente nessa “melhoria” dos cátodos que entra o grafeno, muito valorizado por suas propriedades condutoras, além de sua espessura ser, literalmente, atômica. A ideia é aplicar “doses” do material nas baterias de íon lítio de maneira que isso possibilita a transição de mais íons ao mesmo tempo.
Apesar de possuir termos um pouco mais complicados do que aqueles com o qual estamos acostumados, a ideia envolvida por trás das novas baterias é bem simples. O jeito agora é esperar até que as pesquisas sejam concluídas e os aparelhos eletrônicos possam vir equipados com baterias a base de grafeno.
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