Baterias com ânodos de casca de arroz são mais eficientes. (Fonte da imagem: Reprodução/TNW)
O desafio para produzir baterias cada vez mais potentes tem sido um grande fato de desaceleração do desenvolvimento da tecnologia. Você possui ótimos notebooks, mas as baterias não aguentam o tranco, sem contar que boa parte de nossos gadgets recebe pouquíssimo empenho no sentido de gastar menos energia. Imagine então como ficará situação das baterias quando começarmos a utilizá-las em massa em carros elétricos e outros dispositivos. Com isso, alguns componentes podem ficar difíceis de encontrar quando a demanda aumentar.
Um desses itens é o grafite, utilizado atualmente para produzir os ânodos de baterias de íons de lítio. O material já dá sinais de rareamento em alguns locais, mas, graças às pesquisas de um grupo sul-coreano, ele pode ser substituído por um composto de silício extraído de casca de arroz. Sim, aquele resíduo que serve para pouca coisa e, por vezes, não é aproveitado para nada, sendo queimado para ser descartado.
Os pesquisadores descobriram que o material é inclusive mais eficiente para a transmissão de eletricidade nas baterias do que o grafite. Assim, eles queimam as cascas de arroz, misturam com ácido e conseguem extrair o silício desse composto.
Além de ser mais eficiente, os ânodos de silício de arroz podem ser mais baratos que os de grafite. Ao contrário do material tradicional, ele é renovável e disponível em abundância, sendo que milhares de produtores no mundo inteiro lidam com o cereal. Por isso, talvez no futuro, seu smartphone tenha componetes derivados desse grão tão fundamental para nossa alimentação.
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