Em 2009, a IBM lançou uma iniciativa que visava desenvolver uma bateria capaz de alimentar um veículo por 500 milhas (cerca de 800 quilômetros). O projeto, que foi batizado de Battery 500, finalmente chegou a uma conclusão e um novo modelo de tecnologia foi apresentado pela empresa neste mês.
Na bateria de lítio-ar da IBM, o oxigênio reage com o peróxido de lítio, criando lítio e energia elétrica. Quando a bateria está carregada, o processo se inverte e o oxigênio é liberado, gerando um “ar respirável”, conforme descrição da companhia.
As baterias atuais são completamente autossuficientes, ou seja, já contêm oxigênio em sua construção. No novo modelo, o oxigênio utilizado vem da atmosfera, o que permite dispositivos mais leves. Entretanto, há um entrave: a densidade da energia das baterias lítio-ar é muito maior do que a das convencionais baterias de lítio.
(Fonte da imagem: Divulgação/IBM)
Na prátic,a isso significa que as baterias atuais não são capazes de gerar um desempenho igual ao da gasolina para o motor, por exemplo. Contudo, a IBM estima que em dez anos as baterias de lítio podem ser substituídas pelas baterias de lítio-ar e, num cenário mais otimista, dispensar por completo o uso de gasolina como combustível.
A ideia das baterias de lítio-ar não é necessariamente nova, uma vez que já vem sendo debatida desde a década de 70. Contudo, materiais atuais como o grafeno e os nanotubos de carbono podem ser significativos na construção de baterias com essa estrutura. O vídeo acima detalha como é o processo eletroquímico de uma bateria lítio-ar.
Os primeiros protótipos de bateria lítio-ar estão sendo construídos no IBM Almaden Research, na Califórnia. Ainda não há previsão de quando a nova tecnologia estará disponível para testes.
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