Membro do “panteão” dos países emergentes, o Brasil, como sabemos (e sentimos na pele), é uma verdadeira “montanha-russa” de emoções. No meio dessa instabilidade, a internet surge como um dos maiores agravantes do país. O acesso ainda é limitado, os preços são altos e a infraestrutura carece de mais recursos. Eis que dois relatórios divulgados recentemente mostram a importância da conexão à rede de alta velocidade – bem como dão um panorama não muito positivo do Brasil nesse quesito, ainda que exista luz no fim do túnel.
Um dos relatórios foi publicado pela Unesco e pela UIT (União Internacional das Telecomunicações), ao passo que outro foi fruto de um estudo da Universidade de San Andrés, na Argentina. O primeiro relatório traz um comparativo entre os países sobre o acesso à internet de alta velocidade.
Apesar de o Brasil fazer parte da seleção de países que possuem um Plano Nacional de Banda Larga, a posição no ranking não é animadora: a cada 100 habitantes, apenas 10,1 assinaturas de banda larga fixa são registradas, estatística que coloca o Brasil na 73ª posição mundial. Países como Chile, Rússia e México estão à nossa frente. Em internet móvel, por exemplo, o Brasil está na 37ª posição, atrás de locais como Botswana e Tailândia (!).
Falta investimento!
O percentual comparativo de investimentos seria uma das razões para essas posições. O Brasil investiu apenas 0,13% do seu PIB (Produto Interno Bruto) no plano de banda larga, ao passo que a Colômbia, por exemplo, criou um ambicioso programa de construção de redes de fibra ótica chamado “Vive Digital” e, nele, aplicou 0,62% do PIB.
Queridos presidentes, por favor, façam algo
E o panorama menos animador ainda é que nenhum dos presidenciáveis tem colocado o tema em pauta nos debates. Até agora, apenas Marina Silva apresentou propostas sobre o assunto em seu plano de governo, prometendo levar banda larga para as escolas. Queremos todos saber o que pensam os demais candidatos, considerando as estatísticas acima...
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