Começando na semana que vem, o piloto suíço André Borschberg vai atravessar o Oceano Pacífico lentamente do leste da China até o Havaí. A jornada vai ser realizada a bordo do Solar Impulse 2, um avião alimentado por raios solares.
Borschberg vai ficar em uma cápsula que deve segurar a temperatura congelante quando ele estiver a 8 quilômetros de altura – e também fornecer oxigênio suficiente para o homem completar a tarefa. Enquanto o piloto estiver nos ares, o companheiro de empreitada Bertrand Piccard vai ficar na terra monitorando tudo o que acontece via telefone por satélite.
Muito ambicioso, o Solar Impulse 2 não usa uma gota de gasolina. Ele é composto por uma massa de fibra de carbono e silicone. A sua envergadura é quase 4 metros maior que a de um Boeing 747-8, que tem 68 metros, totalizando quase 72,5 metros.
É esperado que viagem toda dure 120 horas, ou cinco dias, de Nanjing (China) até o Havaí. A velocidade da aeronave, contudo, não é impressionante. Ela varia entre 25 e 30 nós (50 km/h). Se você não sabe que isso é realmente lento, um Boeing 737 voa a quase 900 km/h.
Em entrevista ao The Verge, Borschberg explicou que ele vai ter que dormir "polifasicamente" para completar o voo com sucesso. Isso significa dormir, por exemplo, 20 minutos a cada 2 horas. De acordo com o piloto, isso vai ser possível graças ao seu regime de alongamento e poses de yoga que devem mantê-lo vivo, acordado e até em alerta.
"Entre os cochilos, uso todas as técnicas de yoga e meditação adaptadas ao avião. Técnicas de respiração vão me ajudar a estimular o corpo e a mente", comentou Borscherg.
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