Apesar de os aviões Concorde terem encerrado seus voos em 2003, acabaram marcando a história da aviação, deixando um legado de viagens rápidas e confortáveis. Para dar continuidade a esse segmento de voos ultrarrápidos, a Aerion criou o Mach 1.6 AS2, veículo supersônico que promete reduzir para menos da metade o tempo do percurso entre as principais capitais mundiais, com destaque para o trajeto entre Nova York e Londres, previsto para miseras três horas dentro do avião.
Em desenvolvimento desde 2002, o AS2 utiliza uma tecnologia de perfil de aerofólio desenvolvida pela Aerion que faz com que o atrito contra a asa caia pela metade ao mesmo tempo em que a resistência aerodinâmica sofre uma redução de 20%. Isso acaba possibilitando que o avião consuma menos combustível e tenha uma autonomia maior antes de precisar ser reabastecido – itens que eram pontos fracos no antigo supersônico criado pela parceria britânica e francesa.
Velocidade, luxo e grana
O AS2 poderá alcançar velocidades de quase 2 mil quilômetros por hora, quebrando a barreira do som ao atingir a marca de Mach 1,6 – semelhante ao que era alcançado pelo Concorde. Em alguns países como os Estados Unidos, que proíbem voos civis à velocidade supersônica dentro de seu território, o avião precisará voar um pouco abaixo do limite do som até que alcance o oceano, quando pode, enfim, acelerar ao máximo.
A estimativa do custo do projeto de parceria entre a Aerion e a Airbus é de US$ 100 milhões (cerca de R$ 245 milhões), e a aeronave, com espaço mais do que confortável para 12 passageiros, deve começar a fazer seus primeiros testes no ar em 2019. A empresa espera certificar os primeiros modelos até 2021 e começar a entregar unidades do AS2 em 2022.
A notícia ruim é que provavelmente poucas pessoas terão rins suficientes para pagar pela passagem para dar um “rolêzinho” supersônico. Alguém vai tentar economizar até 2022?
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