(Fonte da imagem: Divulgação/NASA)
Um dos principais desafios encontrados por engenheiros ao projetar uma aeronave é conciliar a velocidade máxima do veículo com a facilidade na hora de realizar pousos e decolagens. Enquanto no primeiro caso o uso de asas com dimensões reduzidas se mostre mais apropriado, quanto maior a dimensão dessa parte de um avião, maior a facilidade que um piloto tem para sair do solo ou retornar a ele.
Para resolver esse problema, a NASA está financiando a construção de um avião capaz de realizar rotações de 90 graus durante o voo. O projeto, batizado como “supersonic bi-directional flying wing” (SBiDir-FW) conseguiria mudar sua orientação de maneira totalmente livre como forma de se adaptar a diferentes situações.
A única diferença estrutural entre os dois modos de voo (além do fato de que um deles apresenta asas com dimensões maiores) é que, em sua configuração subsônica, a aeronave apresenta winglets. Quando esses acessórios são dobrados, ocorre uma mudança aerodinâmica no veículo que faz com que ele mude de orientação e passe a voar em modo supersônico, sem que o processo exija qualquer dispositivo mecânico adicional.
US$ 100 mil em financiamento
Segundo a NASA, a versão final do projeto deve ser capaz de alcançar velocidades que ultrapassam o Mach 2, sem que isso represente um grande consumo de combustível. A expectativa é que cada avião desse tipo tenha espaço para comportar um máximo de 70 passageiros.
(Fonte da imagem: Divulgação/NASA)
A agência norte-americana destinou US$ 100 mil para que os responsáveis pelo projeto consigam desenvolvê-lo melhor na Universidade de Miami. Caso tudo ocorra bem, os criadores do SBiDir-FW podem receber um prêmio de US$ 500 mil em algum momento. Embora isso não signifique que veremos o veículo cruzando os céus tão cedo, projetos do tipo mostram que o futuro da aviação deve ser bem diferente do que imaginamos.