A Tesla vendeu menos carros em 2024 do que havia comercializado em 2023, registrando queda nas vendas anuais de modelos elétricos pela primeira vez em mais de 10 anos, conforme o balanço divulgado nesta quinta-feira (2). Nem mesmo a estreia da picape Cybertruck impulsionou a procura pelos veículos da montadora.
No total, a empresa de Elon Musk vendeu 1,78 milhão de unidades ao longo do ano passado, globalmente, o que representa queda de 2,2% na comparação com a quantidade de carros comercializados em 2023. Naquele ano, a companhia entregou 1,81 milhão de unidades em todo o mundo.
Essa queda nas vendas de carros da Tesla é a primeira apresentada pela companhia desde 2012, quando foi lançado o Model S, marcando sua entrada no mercado de massa. A piora nos números também deixa a meta de crescimento anual de 50%, desejada por Musk, mais uma vez longe de ser alcançada.
Os investidores haviam sido alertados sobre a possibilidade de um crescimento menor em janeiro passado, quando a montadora alegou que estava em meio a “duas grandes ondas de crescimento”. Logo após o anúncio dos resultados de 2024, na manhã de hoje, as ações da empresa caíram 5,4%.
Elétrico mais acessível pode estar a caminho
Apesar de ter abandonado os planos de lançar um carro elétrico de US$ 25 mil, o equivalente a R$ 155 mil pela cotação atual, a Tesla revelou, ano passado, que está trabalhando em um modelo mais acessível. A versão ajudaria a garantir um crescimento de 20% a 30% nas vendas de 2025, conforme disse Musk a acionistas.
O modelo em questão teve pouco detalhes divulgados e pode ser lançado ainda no primeiro semestre deste ano. Não se sabe quanto a novidade custará, mas rumores sugerem um preço abaixo dos US$ 40 mil (R$ 248 mil) cobrados pelos modelos mais baratos da fabricante, atualmente.
Enquanto isso, a BYD anunciou ter vendido 4,25 milhões de carros de passeio em 2024, um novo recorde para a marca chinesa, reduzindo a diferença para a rival americana. Ambas disputam a liderança mundial do mercado de elétricos.
Fontes