O ato de hackear envolve o conhecimento de toda a plataforma de um dispositivo e a capacidade de não só entender, mas também de conseguir acessar e modificar a estrutura de códigos. Porém, para muita gente, isso ainda está associado demais a computadores.
Na verdade, com tantos produtos hoje em dia com um sistema operacional próprio funcionando e até conexão com a internet, mais coisas do que você imagina são alvos em potencial para esses especialistas.
A seguir e no vídeo acima, você conhece alguns casos de objetos e até lugares que podem ser hackeados para o bem ou para o mal.
Bomba de insulina
Esse aqui talvez seja o mais perigoso item “hackeável” de toda a lista. Dispositivos médicos, como bombas de insulina e outros implantes, possuem um sistema de envio de dados e comunicação entre médico e paciente, o que os torna um alvo. Controlando remotamente o aparelho, é possível trocar dados por informações falsas e até alterar as doses aplicadas, colocando a saúde do paciente em risco. Jay Radcliffe, que é hacker e diabético, mostrou durante um evento de 2011 que isso era possível.
Banheiros
Sim, nem mesmo o “troninho” está a salvo. Tudo começou quando a companhia japonesa Satis apresentou um banheiro inteligente cheio de tecnologias controlado por um app para smartphone — tudo com boas intenções, mas pouco seguro. Hackeando um deles, você pode fazer com que o vaso sanitário fique em uma descarga infinita, além de controlar o purificador de ar, a tampa automática, luzes e sons do local. Além de irritar os clientes, um ataque levaria as contas de água e luz do lugar ao infinito e além.
Armas
Você confiaria em um rifle inteligente com mira automática como o Tracking Point? O casal Runa Sandvik e Michael Auger provou que é possível invadir o sistema da arma pela conexão WiFi e explorar vulnerabilidades no software do produto. Eles mudaram variáveis nos cálculos da mira e fizeram com que os tiros errassem o alvo, acertassem um ponto determinado pelos invasores ou nem pudessem ser disparados. Talvez seja melhor usar o modo manual.
Skates elétricos
Skates elétricos podem ficar descontrolados por causa de sobrecarga de sinais em uma rua e foi justamente um acidente por causa disso que levou Richo Healey a hackear um desses modelos. Ele invadiu o sistema do skate pela falta de ciptografia na rede Bluetooth entre o controle remoto e o produto em si, ganhando acesso completo aos comandos. O skate pode ser parado do nada, mudar de direção, dar marcha à ré, perder os freios ou acelerar.
Bombas de combustível
As bombas de combustível de postos de gasolina de várias partes do mundo também podem ser invadidas em vários níveis — e isso só foi descoberto porque pesquisadores montaram iscas para pegar esses criminosos. Entre as mudanças, é possível fazer um ataque DDoS e desabilitar a bomba por dias, mudar o nome de identificação dela ou alterar o número do volume de líquido em reserva. Você pode até trocar a informação sobre qual combustível está estocado, sendo que colocar o errado em um carro pode ser bem danoso ao veículo.
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