No mês passado, o analista de segurança Chris Roberts twittou uma brincadeira que se tornou algo muito sério. Ele disse, na rede social, que havia hackeado os sistemas de controle eletrônicos de um avião. Agora, o FBI entrou na história e emitiu um comunicado dizendo que Roberts não estava brincando, que ele realmente fez isso.
"Ele declarou que conseguiu comandar o sistema e emitir o comando 'CLB' (climb command). Disse que conseguiu causar uma mudança nos motores do avião, resultando em movimentos laterais durante o voo", disseram as autoridades.
"Pelos últimos cinco anos, meu único interesse foi melhorar a segurança de aviões... Dada a situação atual, eu fui aconselhado a não falar muito", comentou o analista no Twitter. "Desculpe se estou sendo genérico, mas há 5 anos de estudos incorretamente aglutinados em 1 parágrafo... Há muito o que desembaraçar", se defendeu Roberts.
A Wired conseguiu conversar com o analista, que descreveu o processo feito. Basta abrir uma caixa embaixo do assento, conectar um cabo Ethernet modificado e então logar no sistema IFE usando nomes de usuário e senhas de administrador. Já o FBI alega que ele ainda se moveu para outras redes do avião, incluindo as conectadas aos motores — dessa forma, ele poderia até comandar o veículo.
O FBI ainda não completou a investigação. Mesmo assim, a One World Labs, companhia de Roberts, não conseguiu um financiamento necessário e demitiu 12 funcionários — metade da empresa.
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