O mundo vive uma onda de ataques de ransomware e os hackers estão ameaçando até mesmo gigantes do entretenimento: o chefão da Disney, Bob Iger, revelou aos colaboradores durante uma reunião da ABC, em Nova Iorque, que criminosos virtuais ameaçam liberar um aguardado filme inédito caso a companhia não pague uma grande soma de valores em moeda digital bitcoin.
Criminosos dizem que inicialmente vão divulgar 5 minutos e depois liberar aos poucos blocos de 20 minutos do filme
Iger, que se recusa a pagar a quantia pedida pelo resgate, vem trabalhando com agentes federais para rastrear os sequestradores de dados. Ainda não se sabe exatamente qual lançamento seria afetado e muita gente aposta que estão na mira os blockbusters mais próximos, a exemplo do novo “Piratas do Caribe”, que estreia ainda neste mês, no dia 25, e “Carros 3”, marcado para 15 de junho.
"Carros 3" está entre os possíveis lançamentos ameaçados pelos hackers
Vale lembrar que a empresa tem ainda várias outras estreias de peso para este ano, a exemplo de “Homem-Aranha: De Volta ao Lar”, “Thor: Ragnarok” e “Star Wars: Os Últimos Jedi”. Segundo o executivo, os bandidos digitais afirmaram que, caso o dinheiro não seja depositado, serão vazados inicialmente 5 minutos das cópias roubadas e em seguida outras sequências de 20 minutos.
Casos semelhantes
Ainda não há indícios de que o caso da Disney esteja atrelado à invasão do WannaCry, entretanto, os hackers vêm mirando o setor de entretenimento com mais frequência, de acordo com denúncias de agências de Hollywood como a United Talent Agency (UTA), a ICM Partners e a William Morris Endeavour Entertainment (WME).
A quinta temporada de "Orange is the New Black" já foi vítima de cibercrime neste ano
No começo do mês, um cibercriminoso teria chantageado a Netflix e seria o responsável pelo vazamento de 10 episódios da 5ª temporada da série “Orange is the New Black”, que chega ao serviço de streaming somente no dia 9 de junho. Além desse material, ele também teria episódios inéditos de produções da ABC, Fox, National Geographic e IFC. Os conteúdos teriam sido obtidos em um ataque ao Larson Studios — responsável pela pós-produção de vários tipos de material — no final do ano passado.
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