Se 2017 será "o ano dos ataques hackers", 2016 foi o prólogo perfeito para isso. Segundo o relatório Norton Cyber Security Insights, o ano passado registrou o maior número de crimes virtuais até hoje — um aumento de 10% em relação a 2015. Além disso, o relatório mostra que o Brasil é um dos países que mais registraram atividades cibercriminosas no mundo, ficando em quarto lugar.
Só no Brasil, o cibercrime girou mais de R$ 32 bilhões em 2016: o crime virtual já é um mercado
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Por aqui, a Norton indica que mais de 42 milhões de pessoas foram afetadas pelo cibercrime. Isso significa um prejuízo de mais de R$ 32 bilhões, no total — globalmente, estamos falando de quase R$ 400 bilhões. A Norton também comentou que o ataque que vem causando mais prejuízo é o ransomware.
O ransomware pode ser enquadrado como sequestro de servidores. Os cibercriminosos invadem computadores e "trancam" as máquinas — os principais alvos são pequenas e médias empresas. Dessa maneira, eles exigem uma quantia em dinheiro para devolver o controle das máquinas e liberar os arquivos.
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“As grandes empresas já dedicam uma parcela de seus orçamentos de tecnologia para segurança. Isso ainda não acontece nas pequenas e médias. Assim como no mundo ‘físico’, os criminosos procuram facilidade, então essas empresas acabam caindo nessa situação com mais frequência”, segundo, André Miceli, professor do MBA de Marketing Digital da Fundação Getulio Vargas (FGV) .
A Indonésia é um dos países que mais sofrem na mão de black hats
Os Estados Unidos, entre os países desenvolvidos, são os que mais sofrem com o cibercrime. Do outro lado da ponta, está a Holanda, com a menor taxa de crimes virtuais do mundo. Globalmente, a Indonésia lidera o ranking de experiências com cibercrimes.
"Nos próximos anos, certamente veremos a explosão do número de elementos conectados. Bombas de insulina, cardioversores, marca-passos estarão conectados. Aceleradores e pilotos-automáticos de automóveis, controles de casa como aparelhos de ar-condicionado e fogões também. Teremos mais oportunidades para invasões e certamente os criminosos vão aproveitá-las para fazer dinheiro”, comenta Miceli sobre o aumento de gadgets na Internet das Coisas.
Um ponto interessante da pesquisa da Norton: a maioria dos entrevistados, em todos os países, prefere ter o próprio smartphone formatado do que o histórico do navegador aberto ao público. O que você prefere? Dê a sua opinião nos comentários.
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